A situação é ainda pior para quem tenta fazer entregas de produtos delicados. “Pra minha mercadoria, principalmente, é muito ruim. Porque é uma coisa frágil e você viu como é que estão as estradas”, contra Paulo César, que é vidraceiro.

Quem tem que passar com frequência sofre com prejuízos. O caminhoneiro Wanderlei Silva recentemente gastou R$ 5 mil para substituir peças quebradas. “Você ganha R$ 100, R$ 200 num frete, você gasta R$ 5 mil [com os defeitos] de que jeito você sobrevive? As vezes é preferível você deixar o caminhão parado do que você trabalhar”, reclama.

Quem tenta passar de motocicleta também sente dificuldade. Em alguns trechos é necessário descer e ir a pé. “A estrada não presta. Não é estrada isso daqui. Realmente isso aqui não é uma estrada”, se irrita uma das passageiras.

O caso é investigado pelo Ministério Público Estadual. A situação é alvo da indignação da população há mais de 60 anos. A cidade é considerada turística e atrai multidões durante o Rally das Águas, na temporada de praias.

O Governo do Tocantins disse que já foi notificado sobre a ação do MPE e que a manutenção das rodovias estaduais mostradas na reportagem está programada para depois do período de chuvas.