PARA AGILIZAR PROCESSO DE CASSAÇÃO DE CARLESSE, MPF DESCARTA DEPOIMENTOS

PARA AGILIZAR PROCESSO DE CASSAÇÃO DE CARLESSE, MPF DESCARTA DEPOIMENTOS

Publicado em 10 de setembro de 2019 – 18:05h

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Por Dermival Pereira

O depoimento da agente de Polícia Civil e presidente da Associação de Mulheres Policiais do Tocantins (AMP-TO), Giovanna Cavalcanti Nazareno, dado ao Ministério Público Federal (MPF), em que ela acusa o governador Mauro Carlesse (DEM) de ter usado “dinheiro público” durante sua campanha ao Governo, em 2018, não será anexado ao processo de cassação contra o governador. A informação foi repassada ao CP Notícias pelo procurador Regional Eleitoral, Álvaro Manzano, responsável pelo caso.

Conforme Manzano, o depoimento de Giovanna “teria ainda que ser confirmado em juízo e atrasaria ainda mais o processo. Estamos entendendo que a instrução já está completa e já pode ser julgado”, informou o procurador, ressaltando que a Procuradoria aguarda o relator mandar o processo para as alegações finais.

Manzano disse que os delegados também prestaram depoimentos, como testemunhas, na AIME – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, ajuizada pelo candidato derrotado, Cesar Simoni (PSL), mas os depoimentos também não serão anexados. “Estou avaliando que não vale a pena anexar os documentos”, explicou.

O processo de cassação contra o governador e seu vice Wanderlei Barbosa (PHS), movido pelo MPF, se deu após a extinção de mais de 15 mil contratos temporários, feita pela gestão estadual no dia 1º de janeiro. No mesmo processo, Manzano requer ainda, que sejam realizadas novas eleições no Tocantins. Os dois pedidos estão em fases adiantadas de tramitação no Judiciário, restando basicamente, as alegações finais para ser julgado.

Os gestores respondem mais duas ações na Justiça Eleitoral, ambas já com parecer do Ministério Público Federal pela cassação. Estas porem, são referentes ao mandato tampão, que apontam suposto abuso de poder na Eleição Suplementar.

Entenda

A relação da agente Giovanna Cavalcanti Nazareno com o governo de Carlesse já não era boa desde que ela convocou a imprensa no ano passado para uma entrevista coletiva e denunciou possíveis casos de assedio moral e sexual no Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins. O assunto também foi levado ao Ministério Público Estadual e teve grande repercussão na imprensa, o que teria provocado reações da Corporação.

Em abril deste ano, a agente voltou a desagrada o Governo, durante audiência Pública na Assembleia Legislativa, que debateu os impactos da Medida Provisória Nº 2, do Governo do Estado, que congelou as progressões dos servidores do Executivo. Na ocasião, Giovanna acusou, durante sua fala, o governador Mauro Carlesse (PHS), de ter usado “dinheiro público” durante sua campanha ao Governo, em 2018, e posteriormente levou as provas ao MPF.

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