‘Tyson não é meu amigo, mas temos objetivos em comum’, diz Holyfield

‘Tyson não é meu amigo, mas temos objetivos em comum’, diz Holyfield

Em entrevista ao R7, ex-pugilista confirma possibilidade de nova luta contra rival histórico e disse que ambos se dão bem apesar de não serem íntimos

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Evander Holyfield treina duro e mostra sua força mesmo aos 57 anos de idade

Evander Holyfield treina duro e mostra sua força mesmo aos 57 anos de idade

Reprodução/Instagram/@evanderholyfield

Evander Holyfield tratou de mostrar ao mundo inteiro os seus treinos e sua boa disposição para voltar a lutar. Em entrevista exclusiva ao R7, o ex-boxeador, em provável caminho para a trilogia contra o rival Mike Tyson, revelou o objetivo de horas e horas diante de um saco de pancadas nos últimos dias: “É por uma mensagem.”

Agora como veterano, aos 57 anos, ele, que criou a Holyfield Foundation para auxílio às crianças, admite mesmo a possibilidade de voltar a lutar. Voltar a lutar inclusive contra Tyson, rival dos épicos combates de 1996 e 1997, no episódio em queteve a orelha mordida. A luta possivelmente acontecerá ainda este ano.

A própria carreira de Holyfield contém a mensagem, de persistência e escolhas certas, que no momento quer passar. Sempre desacreditado, desde que, em 1988, subiu de peso, indo dos meio-pesados para os pesos-pesados, ele acabou se tornando um dos maiores de todos os tempos.

EFE e Arte/R7

Superou desconfianças e, em meio a vitórias e derrotas memoráveis, aposentou-se como único boxeador a chegar por quatro vezes ao título mundial na categoria mais tradicional deste esporte. “Sempre acreditei em mim”, ressalta.

Dos momentos mais marcantes, estão as lutas contra o amigo Riddick Bowe, a amarga derrota por pontos para Lennox Lewis e as duas lutas contra Mike Tyson, com duas vitórias.

Holyfield confirmou a possibilidade de realizar uma terceira luta contra Tyson e, na entrevista, falou um pouco sobre sua carreira. Mesmo sendo um defensor de causas sociais, preferiu não comentar sobre outras questões, como sobre a morte de George Floyd, que tem gerado revoltas antirracistas em todo os Estados Unidos. Confira os principais trechos da entrevista.

R7: Qual seria o seu objetivo em uma eventual volta ao boxe em luta contra Mike Tyson?

Evander Holyfield: Será uma luta de exibição, pela solidariedade neste momento (inclusive de pandemia). Tenho realizado os treinos e meu principal objetivo é passar uma mensagem aos jovens. O dinheiro não é determinante. Faço isso por uma mensagem. Quero lhes falar: ‘Se você faz as coisas certas, tem uma vida saudável, de atividade física e boas escolhas, você colhe no futuro’. A vida é feita de escolhas.

Como vê a possibilidade de ter Mike Tyson como rival?

Desta vez, se houver luta, será como performance. Mas claro que vou atrás da vitória. Sempre encarei meus adversários desta maneira, mesmo quando não acreditavam nas minhas potencialidades.

Isso ocorreu, por exemplo, na primeira luta contra Tyson, em 1996, quando você surpreendeu o mundo e o nocauteou?

Sim, naquele dia fiz um grande trabalho. Me concentrei para vencer. Muita gente mesmo duvidava, via Tyson como o favorito. E acabei surpreendendo essas pessoas, mas não a mim. Sempre acreditei em mim.

Qual foi a luta mais importante de sua carreira?

Não quero tirar a importância de cada luta. Mas, em termos de dinheiro e de repercussão, diria que a luta mais importante foi a segunda contra Mike Tyson (em 1997, quando Tyson foi desclassificado após morder a orelha de Holyfield). Também tive de provar naquele momento e consegui sair como vencedor.

E a luta mais difícil de sua carreira, qual foi?

Digo que foram três momentos difíceis. A terceira luta contra Riddick Bowe (na qual Holyfield, após levar o oponente à lona, acabou nocauteado) foi um destes momentos. Foi uma luta de resistência do adversário.

EFE e Arte/R7

Esta derrota para Bowe ocorreu um ano antes de você nocautear Tyson na primeira luta. A derrota para Bowe o ensinou a vencer Tyson?

Claro que aprendi com a derrota para Bowe e isso teve influência na vitória sobre Tyson. Mas os estilos de ambos eram diferentes e tive de me adaptar também a isso. Riddick Bowe era maior do que eu e optei também por ir para cima. Contra Tyson, tive de usar a movimentação. Mantive uma boa distância e troquei golpes, sem deixar que ele controlasse a luta.

Hoje todos sabem de sua amizade por Bowe. Você é amigo de Tyson também?

Não diria exatamente amigo. É uma palavra muito forte. Mas certamente nos damos bem. E temos trabalhando junto em várias iniciativas. Temos objetivos semelhantes de passar uma mensagem de superação e confiança aos jovens e isso faz com que nossa relação tenha um importante significado.

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