Sindicato de hospitais do Tocantins anuncia paralisação de serviços ao Plansaúde

Sindicato de hospitais do Tocantins anuncia
paralisação de serviços ao Plansaúde na
próxima terça
Usuários não serão mais atendidos; entidade espera que o governo entre em diálogo para quitar
débitos
17/10/2019 – 16:55
A partir da próxima terça-feira, 22, prestadores de serviço mais de 30 hospitais sindicalizados no
Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Tocantins (Sindessto)
irão paralisar o atendimento aos usuários do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos
do Estado do Tocantins (Plansaude).
Segundo o sindicado, o governo do Estado está ciente dessa situação. Conforme a entidade,
atualmente, a gestão estadual está em atraso com mais de oito meses de repasses aos prestadores,
incluindo hospitais, clínicas e laboratórios.
Sem mensurar valores que o Poder Executivo deve, o Sindessto informou que durante todo este
tempo sem receber do Estado, continuou arcando com medicamentos, materiais, insumos,
pagamentos de salários de médicos e equipe de profissionais para manter e priorizar o atendimento
ao usuário.
O Sindessto reforçou que tentou dialogar com o governo em busca de soluções que não fosse a
paralisação, tendo em vista que a situação prejudicará a todos, no entanto, o sindicato alega que,
sem conseguir diálogo com o governo e os constantes atrasos, optou por paralisar os atendimentos.
Mais de 80 mil pessoas são atendidas pelos prestadores de serviço do Plansaúde, segundo o
sindicato. “Lembramos que estes mesmos hospitais e clínicas credenciados ao plano mantém um
grande número de colaboradores, dá emprego e ainda ajuda a movimentar a economia tocantinense.
Ressaltamos que estamos abertos ao diálogo e esperamos que o governo cumpra com sua
responsabilidade e honre seus pagamentos”, reforça a entidade.
A entidade participou de uma reunião com representantes do Plano e da gestão Estadual na última
sexta-feira, 11, mas não houve acordo no sentido de resolver a situação, levando a suspensão dos
serviços.

Na reunião, as partes discutiram sobre os valores em atraso, as glosas, tabelas de honorários e o
edital publicado pelo Governo sobre o novo edital de credenciamento do Plansaude que tem
causado polêmica entre os profissionais da área. “A partir da nossa reivindicação, o pagamento deve
ser feito cronologicamente para todos os prestadores. Tem prestador que recebeu a fatura referente
ao mês 5 e outros receberem a referência do mês 2. Então não há uma organização nesses
pagamentos. Queremos a equiparação dos pagamentos e a negociação dos valores em atraso, porque
estamos no mês 10 e o máximo que pagaram foi o mês 5. Além das glosas que nunca foram pagas
desde 2015, a pactuação da tabela de valores e honorários desse edital também não concordamos”,
explicou a presidente do Sindessto, Maria Lucia Machado de Castro, na ocasião.
O Jornal do Tocantins pediu posicionamento ao governo sobre e aguarda resposta.

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