Retrospectiva 2022: um ano de altos e baixos Bolsonaro o maior lider do mundo

09:36 Retrospectiva 2022: um ano de altos e baixos

Retrospectiva 2022: um ano de altos e baixos
Marcado por reviravoltas na política e na Justiça, 2022 teve seus ganhadores e perdedores, mas raríssimas conquistas
definitivas
Por Policarpo Junior Atualizado em 22 dez 2022, 21h18 – Publicado em 23 dez 2022, 06h00
Quatro anos atrás, nessa mesma época, Jair Bolsonaro se preparava para subir a rampa do Palácio do
Planalto, impulsionado por 57 milhões de votos, depois de sofrer um atentado que, por pouco, não lhe tirou a
vida durante a campanha. Lula, na mesma época, estava preso numa cela da Superintendência da Polícia Federal
do Paraná, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, começando a cumprir uma pena de doze anos em
regime fechado. Agora é Lula quem se prepara para subir a rampa do Planalto, catapultado por 60 milhões de
votos, enquanto Jair Bolsonaro, derrotado, iniciará uma jornada ainda incerta como o principal líder da
oposição. Na segunda-feira 19, o ex-governador Sérgio Cabral, um corrupto confesso condenado a 425 anos de
prisão, foi solto, enquanto o juiz que o condenou está sendo investigado. Num ano eleitoral, o mesmo Supremo
Tribunal Federal que anulou a sentença de Lula e libertou Cabral teve um papel decisivo para garantir o bom
funcionamento da democracia. Heróis e vilões, classificação que variou conforme o ponto de vista — e as
convicções éticas — do observador, deram sobrevida à perniciosa polarização que tomou conta do país há alguns
anos. Aos trancos e barrancos, 2022 ficará marcado na história como um ano de reviravoltas.
POR CIMA - Lula, Messi, Alexandre de Moraes, Zelensky, Geraldo Alckmin e Anitta – ilustração de Baptistão/.

23/12/2022 09:36 Retrospectiva 2022: um ano de altos e baixos
https://veja.abril.com.br/politica/retrospectiva-2022-um-ano-de-altos-e-baixos/ 2/3
Alguns acontecimentos importantes, de tão peculiares, improváveis e absurdos, parecem ter migrado de
ambientes virtuais, onde tudo é possível. Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump anunciou que
pretende voltar à Casa Branca — e tem chances reais de sucesso —, mesmo investigado e sob o risco de ser preso,
por incentivar a vexatória invasão do Capitólio depois de ser derrotado nas eleições. A guerra contra a pandemia
do coronavírus ainda nem havia terminado quando Vladimir Putin, o presidente da Rússia, iniciou outra que
reverberou nas economias de todo o mundo. Era para durar apenas alguns dias e, após dez meses, ainda não há
sinal de seu término. O planeta também parou para acompanhar, durante dias, o velório e a sucessão da rainha
Elizabeth II, que esteve por setenta anos à frente de uma instituição que atrai uma atenção desproporcional a
sua importância prática. No aspecto econômico, poderosas empresas de tecnologia — aliás, as desenvolvedoras
do metaverso (criação virtual que reproduz uma realidade paralela) — mergulharam numa crise também
inimaginável no universo real. Aqui e lá fora, 2022 teve sua lista de vencedores e perdedores — mas raras foram
as vitórias ou derrotas definitivas. Essa gangorra vai continuar.

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