Miliciano Adriano da Nóbrega e Queiroz agiram juntos para obstruir investigação, afirmou o MP

 

Miliciano Adriano da Nóbrega e Queiroz agiram juntos para obstruir investigação, afirmou o MP

Publicado em 9 fevereiro, 2020 1:02 pm
Fabrício Queiroz. Foto: Reprodução/SBT

De Gabriel Sabóia, Igor Mello, Silvia Ribeiro e Eduardo Militão no UOL em dezembro de 2019.

Chefe da milícia de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, o ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega agiu em parceria com Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), para obstruir a investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) sobre suposta prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual na Alerj, segundo disse a Promotoria à Justiça do Rio em relatório que pede autorização para operação deflagrada na quarta-feira (18).

O MP-RJ, que investiga a prática de devolução de parte dos salários de ex-assessores de Flávio na Alerj, teve acesso a conversas de WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com Queiroz —apontado como operador financeiro no esquema do gabinete de Flávio— e com o Capitão Adriano, como o ex-PM é conhecido.

Em diálogo em 16 de janeiro, Queiroz pergunta a Danielle se ela já havia sido chamada para depor ao MP. Diante da confirmação, ele determinou que ela não comparecesse ao local, segundo diz a Promotoria.

“Eu já fui orientada. Ontem fui encontrar os amigos”, responde ela. “Amigos”, segundo o MP-RJ, seria como os dois se referiam à milícia chefiada por Adriano. A Promotoria afirma que essa organização criminosa teria sido responsável pela defesa de Danielle.

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