ACIPA PALMAS 30 ANOS-CRÔNICA DO POBRE RICO

 

ACIPA COMEMORA 30 ANOS DE PALMAS COM HOMENAGNS A BRILHANTES

 

Eu chorei caladinho no meu cantinho, mas chorei, e até consegui entrevistar o Madeira com meu choro por dentro, mas chorei e entrevistei.

Foi uma noite memorável e bem planejada, eu vivi entre poetas artistas da terra, e gente de alto nível intelectual e financeiro.

Uma noite entre empresários bem sucedidos, poetas, cantores e o madeira, madeira de lei.

O Paulinho fez a pedra bruta ficar azul, virar um topázio, uma turmalina, um brilhante, indo de Beatles a Bem-te-vi, uma história triste que virou sucesso de carreira e carreira de sucesso.

Eu estava triste, muito triste pois minha neta havia tentado sucídio, um dia antes cortando seu tenros pulsos, e tinha saído do HGP  á noitinha.

Num turbilhão de alegria, agradecimento, poesia e tristeza eu fui voando de moto-taxi, e como aquele mototaxista correu por  quinze reais, deu medo, mas graças a DEUS eu cheguei.

Vi o Braguinha barroso chorar de emoção, o Casa Grande dançar quase como dançando na chuva, e o Madeira, ouvir atentamente as canções do Pedra Azul.

Me reencontrei com o Alan Bitar o cara controverso amigo de infância, e vi, pasmem senhores o Sambaíba. o ícone da cultura em Palmas, o cara da Palmas Cultural, fiquei sabendo agora. O meu amigo de infância do velho campo de futebol chamado Jales.

O meu amigo Sambaíba é ícone da cultura e eu não sabia pois vivo na periferia e não vivo Palmas central, elitista e cultural.

Sou o poeta periférico e meus poemas estão no Facebook, meus livros escritos estão nas estantes virtuais.

Vi o professor Euclides travar duelo intelectual com o Pena Forte, e vi muitos apreciarem a cerveja chamada jalapa, um gole um tapa, na garganta né..

Na noite memorável estava lá o Papinha, o cara da colher, o poeta baiano e até um poeta do povo da literatura de cordel.

O Genésio Tocantins estava lá feliz e sempre parlador, e Braguinha dizendo que se encantou e cantou com a prefeita Cinthia Ribeiro.

O mister Kim teve até sua linda voz elogiada por Paulinho Pedra Azul, e os cantores da terra mostraram suas canções tão belas quanto as outras de outros cantos.

Eu estava como testemunha ocular da história, e alguém me chamou e disse: Você é a voz rouca das ruas.

Voltei pra casa todo feliz e eufórico, como nos velhos tempos dos saraus de poesia do José Gomes Sobrinho, e me senti poeta novamente, mesmo sendo periférico da periferia.

Me senti um Giant, um gigante como a banda do Paulinho Pedra azul e que fez o bem-te-vi chorar as dores do humano ser que sente  o amor e quer ser poeta.

A surpresa maior foi me ver ao lado dos grandes Lailton Costa e Tião Pinheiro,recebendo um prêmio,o primeiro,por ter vivido minha vida como se fosse um poema de gregório Matos ou fernando pessoa,por ter criado poemas secretos e o jornal Folha do Bico e Folha de Boa Vista de Tocantinópolis,por imitar jornalistas.

Obrigado meu bom DEUS, obrigado Joseph Madeira, por ainda me permitirem sonhar.

Palmas ainda brilha na cultura, na arte, na poesia no cordel, nas canções e Joseph Madeira restaurou a Amazônia cultural, e fez de Palmas cultural uma floresta de arte, saber e cultura.

Eu estive ao lado do monstro consagrado Tião Pinheiro e do Marcelo Baiano, o cara que largou a Coca-Cola e veio pra Palmas ser o virtual Man da Jaime Câmara.

Até chamaram o cara da antena ligada o Lailton, é o Iron Man da imprensa, o cara que sabe dos bastidores e te dá cinco chaves pra desvendar as notícias, mas ele não foi, seu plantão estava quente.

Antes do gran finale como sempre faço em festas sai de fininho e fiquei na portaria conversando com aqueles que não são estrelas mas vivem a vê-las, e de repente sai Viviane Cassol,amiga e quase amor antigo e me dá aquele sorriso,me tornando mais poeta ainda,poeta do amor e dos tempos memoráveis,que noite memorável!

 

Sou grato a todos, aos garçons e cozinheiros que nos deram ótima comida e bebida, aos vigilantes e seguranças que nos deram conforto de estar seguros e por fim obrigado aos serviços gerais que brilharam depois de tudo e fizeram a limpeza de uma noite inesquecível.

ANTÔNIO GUIMARÃES

É essa modernidade que nos torna doentes — essa paz indolente, esse compromisso covarde, toda essa moderna impureza virtuosa.

 Friedrich Nietzsche
O Anticristo

 

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