Após 8º “mêsversário” inquérito sobre ação do deputado Olyntho no escândalo do lixo muda de gabinete

Após 8º “mêsversário” inquérito sobre ação do
deputado Olyntho no escândalo do lixo muda
de gabinete
Protocolado em fevereiro deste ano, inquérito que apura participação do deputado na Operação
Expurgo deixou gabinete de Ronaldo Eurípedes e está com Moura Filho desde o dia 16
24/10/2019 – 12:04
Instaurado no dia 4 de fevereiro deste ano pelo delegado Romeu Fernandes de Carvalho Filho, da 4ª
delegacia de Polícia Civil de Araguaína, o inquérito que apura se o deputado tucano Olyntho Neto
participou do escândalo do lixo hospitalar de Araguaína, deixou o gabinete do desembargador
Ronaldo Eurípedes no dia 16 de outubro, doze dias após completar o 8º “mêsversário” de autuação.
Segundo despacho de Ronaldo Eurípedes, do dia 15 de outubro, o inquérito contra o parlamentar
deveria ter sido redistribuído por prevenção para o gabinete do desembargador Moura Filho.
Moura relatou a Ação Penal nº 0002853-91.2019.827.0000 que tem como réus pai, irmãos,
empresas e funcionários das empresas da família Olinto, acusados de diversos crimes no escândalo
do lixo, como falsidade ideológica, fraude processual, crime contra a flora, funcionamento de obras
e serviços potencialmente poluidores, sem licença ambiental e crimes de poluição.
Dia 5 de junho, Moura Filho determinou a devolução da ação à 1ª Vara Criminal da Comarca de
Araguaína para prosseguimento. Por essa razão, o despacho de Ronaldo Eurípedes.
O foco da apuração sobre o deputado
Segundo a portaria do delegado Romeu, durante a Operação Expurgo, a Polícia apurou que o lixo
hospitalar estava irregularmente depositado no galpão da empresa Agromaster. Esta empresa tem
como acionista majoritária a Pronorte composta por dois sócios, o irmão do deputado, Luiz Olinto
Rotoli Garcia de Oliveira e a Luon Participações, que tem como donos o próprio Luiz Olinto e o
deputado Olyntho, e está registrada no mesmo endereço da Agromaster.
Segundo o delegado, os investigadores descobriram um aterro clandestino de lixo hospitalar na
fazenda Caeté, em Wanderlândia, sede a empresa Pronorte. A fazenda estava arrendada por 10 anos
contados a partir de 1º de janeiro de 2017, conforme contrato assinado entre a Pronorte,
representada por Luiz Olinto e Olyntho Neto.
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Suposto laranjal
Para o delegado, a investigação apontou a existência de um esquema de empresas e sócios
“laranjas” ligados à família do deputado, incluindo a Sancil, uma das empresas alvos da ação penal,
responsável por depositar o lixo ilegalmente. Segundo o delegado, esse “laranjal” compartilhava
“patrimônio, funcionários, telefones e e-mails de contato, tudo com o objetivo, aparentemente, de
ocultar atividades financeiras da família”.
Certidão do gabinete
Um documento assinado (confira a íntegra no final) pela chefe de gabinete do desembargador
Ronaldo Eurípedes, Gizella Magalhães Bezerra Moraes Lopes, explica que o processo, ao ser
distribuído para o gabinete do ex-realtor, não permitia movimentação nem aparecia concluso e
vinculado ao gabinete. Somente após deliberação da Secretaria do Tribunal Pleno, o processo restou
liberado e recebeu o despacho do dia 15, para ser redistribuído ao gabinete do Moura Filho, onde se
encontra desde o dia 16.
“Certifico para os devidos fins que os presentes autos foram distribuídos a este Gabinete sem acesso
à àrvore de movimentação e sem vinculação no rosto dos autos à relatoria do Desembargador
Ronaldo. Certifico ainda que desde a autuação o gabinete fez contato com servidores da Diretoria
Judiciária e Tribunal Pleno e foi informado de que a opção de movimentação dos autos não estava
disponível em razão do Inquérito não ter sido finalizado. Certifico por fim, que nesta data, solicitei
a presença do Senhor Secretário do Tribunal Pleno para informações quanto aos autos
permanecerem sem vinculação ao gabinete e sem opção de movimentação ao que fui informada que
a opção “liberar movimentação” é a que faria os autos conclusos ao gabinete, razão pela qual,
somente nesta data, com orientação do Secretário do Tribunal Pleno, procedi ao ato de liberação”.
Saiba mais sobre o assunto do escândalo do lixo.
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