Após seis anos, seguranças armados são contratados para atuar em hospitais públicos do Tocantins

Por g1 Tocantins

 


Seguranças armados passam a atuar nos maiores hospitais públicos do Tocantins — Foto: Divulgação/Governo do Tocantins

Seguranças armados passam a atuar nos maiores hospitais públicos do Tocantins — Foto: Divulgação/Governo do Tocantins

Os hospitais públicos do Tocantins vão contar com o serviço de segurança armada e desarmada. O governo informou que os profissionais contratados já estão trabalhando nas maiores unidades públicas desde esta quinta-feira (16). Há seis anos, as unidades não contavam com o serviço.

As unidades que já contam com o serviço são: Hospital e Maternidade Dona Regina, Hospital Geral de Palmas, Centro Estadual de Distribuição de Medicamentos e Hospital Regional de Araguaína. O governo disse que nesses locais há maior fluxo de pessoas e maior número de ocorrências.

Vigilância em hospitais do Tocantins é retomada; saiba mais

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As demais unidades estaduais serão contempladas com os serviços gradualmente, segundo o governo. Os funcionários reclamam que furtos nos locais são frequentes.

A presença de seguranças nos hospitais é uma demanda antiga da população. Nos últimos anos, foram registradas ocorrências de furtos, assaltos, agressão a servidores, fugas e até assassinatos dentro das unidades.

Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, no contrato estão previstos os serviços de vigilância armada e desarmada 24 horas por dia.

O Estado não contava com essa segurança há cerca de seis anos. “Essa era uma demanda antiga que, graças ao esforço de toda equipe da secretaria, foi sanada. Já tivemos, infelizmente, diversos episódios e reclamações quanto à falta de segurança. Mas, agora, pacientes e funcionários podem trabalhar com mais tranquilidade”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva.

Insegurança nos hospitais

 

Carro estacionado no HGP teve pneus furtados — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Carro estacionado no HGP teve pneus furtados — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Pacientes e funcionários dos hospitais públicos do estado vivem um verdadeiro drama há vários anos. Em 2014, antes mesmo do serviço de vigilância ser suspenso, já existiam reclamações quanto à insegurança no Hospital Regional de Gurupi, no sul do estado.

Desde então, furtos, assaltos e até fugas de pacientes têm sido frequentes em diversas unidades. No estacionamento do Hospital Geral de Palmas, por exemplo, carros foram deixados sem as quatro rodas. No Hospital Regional de Araguaína, no norte do Tocantins, vários servidores tiveram as motocicletas danificadas.

Em dezembro do ano passado, um paciente foi morto a tiros dentro do Hospital Regional de Porto Nacional, na região central do estado.

A falta de segurança também ameaça a vida dos servidores. Em setembro de 2020, uma funcionária do Hospital Materno Infantil Tia Dedé, em Porto Nacional, teve o celular roubado e foi agredida por um criminoso durante a madrugada. A mulher estava grávida.

No mês de dezembro, também em Porto Nacional, uma enfermeira foi agredida com golpe de capacete na cabeça pela irmã de uma paciente e precisou ser hospitalizada.

Em 2020 o governo do Tocantins tentou contratar uma empresa para prestar o serviço de segurança nas unidades hospitalares dispensando a licitação. O Tribunal de Contas Estadual barrou a contratação e afirmou que a gestão teve tempo suficiente para realizar o processo licitatório.

Em janeiro deste ano o secretário de saúde, Edgar Tollini, voltou a prometer o início da licitação. Mas em fevereiro, segundo o ato assinado pelo presidente da comissão permanente de licitação, Maurício Mattos Mendonça, a contratação de uma empresa foi “prorrogada Sine Die”, que quer dizer: sem uma data prevista.

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