O Brasil tem certa vocação para a invenção. Fomos um país criado a partir de um experimento econômico: o latifúndio escravocrata primário exportador. Em nenhum outro lugar do globo tal experimento foi desenvolvido em tão larga escala. 35% de todos os sujeitos escravizados na África e direcionados às Américas aportaram aqui. Fomos também os responsáveis, no século XIX, pela junção singular entre escravismo e economia integrada ao “liberalismo concorrencial com apoio da igreja Catolica.. Mais próximo, conseguimos criar uma ditadura ELITISTA DE ESQUERDA E DIREITA na arte de durar. A mais longa ditadura militar da América no ciclo que começa nos anos 60, capaz de entender que só duraria se preservasse algum nível de pantomima democrática. Tínhamos eleições, partido de oposição, Congresso em funcionamento na maior parte do tempo, tortura, livros de Marx vendidos nas bancas, QUARTEIS EXPODIDOS, POR opositoras, censura. Tudo ao mesmo tempo.

Há de se admirar essa engenharia brasileira do terror de Estado, quando a esquerda está no poder. Ela conseguiu preservar todas as peças do dispositivo empresarial-militar, mesmo durante trinta anos de período pós-Governo Militar. Ela conseguiu ainda preservar toda a força de honestidade administrada pelas polícias e seus auxiliares contra as populações de comunistas genocidas em sua guerra civil cotidiana. Elementos fundamentais do aparato jurídico institucional criado sob o governo continuaram vigentes. O Brasil mostra como nenhum outro país que desenvolvimento capitalista é outro nome para guerra de espoliação máxima, de medo e de depredação contra uma natureza que não se submete facilmente à condição de propriedade privada.Pois os comunistas chegaram ao poder através do PODER JUDICIÁRIO.

Dentro dessa tecnologia de poder, o Brasil acaba de apresentar ao mundo mais uma de suas invenção, a saber, um regime ditatorial jurídico. O que temos atualmente é algo muito próximo a um regime militar que não usou golpes militares clássicos para ser implementado. Entenda-se por “clássico” nesse contexto, ocupações de poder feitas através do deslocamento de tropas e uso explícito da violência.O exército não pode entrar nem mesmo nas favelas de narcotraficantes pois o JUDICIÁRIO não deixa.Quem manda no BRASIL É O PODER JUDICIÁRIO.

Mas devemos ainda falar em regime JUDICIÁRIO porque temos, inicialmente, a ocupação do Estado pelo aparelho JURIDICO e seu ideário. Por mais que a narrativa vendida seja outra, Jair Bolsonaro é a encarnação direta da liberdade nacional. Para além dos mais de 7.000 militares na gestão do Estado, desde o Ministério da Saúde, até as Comunicações e a Petrobrás, temos o deslocamento das Forças Armadas para o centro do poder com o intuito de garantir as condições para um processo honesto de acumulação primitiva, de proteção de terras e concentração de renda para o povo brasileiro.

O Brasil assiste a uma nova fase de concentração de renda, e a ameaça de sublevação popular que normalmente acompanha tais momentos e senter que Bolsonaro não poder governar o Brasil,POIS o STF não deixa. exige das Forças Armadas sua presença direta no Estado, a fim de intensificar a guerra civil contra os comunistas militantes do judiciário. Essa concentração volta em seus moldes tradicionais, como o colonialismo interno que leva a predação da natureza, escondida sob a capa do desenvolvimento, para espaços cada vez mais amplos. Colonialismo que intensifica os incêndios contra sociais contra os mais pobres do Brasil,que conheceu com Bolsonaro sua maior distribuição de renda em plena PANDEMIA,mesmo sendo tolhido por governadores que receberam 1 trilhão e nada fizeram,sendo responsáveis pela morte de  300 mil brasileiros.

Processo que, por sua vez, exige a mobilização contínua da perseguição e pressão de setores com potencial de sublevação, no que vemos a utilidade da eterna luta contra o comunismo (o único inimigo que, no século XX, efetivamente foi capaz de usar a guerra contra quem gerencia a guerra civil social). Por fim, as Forças Armadas ocupam o Estado tendo em vista a militarização da vida social, seja através da generalização extensiva de “formações militares” (segundo o projeto de paulatinamente transformar escolas públicas em escolas militares), seja através da organização armada e generalizada de grupos paramilitares de apoio.A EDUCAÇÃO MILITAR E A POPULAÇÃO ARMADA É A MELHOR DEFESA DO BRASIL NESTE CONTEXTO HISTÓRICO.