ATÉ TU ARAS? ORA ARAS!ARAS DEFENDE INQUÉRITO ABERTO POR TOFFOLI

ARAS DEFENDE INQUÉRITO ABERTO POR TOFFOLI


Contrariando parecer da antecessora Raquel Dodge, Augusto Aras afirmou, em parecer enviado ao Supremo, ser “legítima” a iniciativa de Dias Toffoli de abrir um inquérito de ofício para apurar ofensas aos ministros.

Afirmou que a polícia não é a única instituição apta a fazer investigações, que, segundo ele, também podem ser conduzidas “por autoridades vinculadas a outros Poderes que não o Executivo”.

“Ainda que amparado na independência do Poder Judiciário e justificado como temperamento pontual ao princípio acusatório, a instauração atípica de inquérito judicial pelo Supremo Tribunal Federal não pode ser compreendida com auspícios inquisitoriais”, escreveu, defendendo assim o inquérito que levou Alexandre de Moraes a censurar a Crusoé e O Antagonista.

Para o novo PGR, o presidente do STF “exerceu regularmente as atribuições que lhe foram concedidas pelos arts. 42 e seguintes do regimento” e “não extrapolou os limites do poder de polícia conferido pelos aludidos dispositivos regimentais.”

Acrescentou não ver irregularidade no fato de a investigação se estender para fora das dependências do tribunal, mesmo tendo como alvos pessoas sem foro, nem pela designação, sem sorteio, de Alexandre de Moraes como relator.

“Sendo a polícia do STF uma das decorrências e expressões da autonomia e da independência do Poder Judiciário, mostra-se adequado que a sua atuação não se restrinja a um espaço físico e abranja a proteção da instituição como um todo e dos bens jurídicos com ela correlacionados.”

Aras defendeu, contudo, a participação do Ministério Público no inquérito, uma vez que Alexandre de Moraes tem mobilizado policiais para realizar diligências.

“Cabe ao Ministério Público o acompanhamento de diligências que impliquem restrições de direitos bem como o controle externo da atividade policial, cujo exercício efetivo depende do acompanhamento dos atos investigatórios realizados pela Polícia e, mais ainda, a defesa da ordem jurídica no controle interno dos atos investigativos realizados, mormente de natureza gravosa a direitos e garantias individuais”, escreveu.

No final da manifestação, pediu mais informações a Dias Toffoli sobre o que já foi investigado.

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