Bolsonaristas cogitam cancelar as atos do dia 15 para evitar coronavírus

Bolsonaristas cogitam cancelar as atos do dia 15 para evitar coronavírus

As manifestações bolsonaristas previstas para o próximo dia 15 podem ser canceladas para evitar a contaminação por Covid-19. “Estamos aguardando novas orientações do Ministério da Saúde sobre a proliferação do Coronavírus para a manutenção ou o cancelamento das manifestações marcadas para o próximo domingo”, afirmou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das organizadoras do ato.

Em um posicionamento inicial sobre o tema, após provocação de Zambelli, o ministério da Saúde recomendou que “aqueles que estiverem com sintomas de gripe não compareçam na manifestação”, Para os presentes, a orientação é uso de álcool gel e manutenção de certa distância entre as pessoas, evitando “efusivos cumprimentos”.

Bibo Nunes (PSL-RS), deputado aliado de Bolsonaro, avalia que as manifestações deveriam ser canceladas para resguardar as pessoas e a imagem do presidente. “Tem algumas pessoas querendo suspender as manifestações. Eu, por exemplo, acredito que seria muito bom a suspensão. Precisamos cuidar da saúde da população. Aí depois a proliferação da doença aumenta e a culpa vai ser do Bolsonaro. É bom para o governo suspender”, declarou Bibo Nunes ao site.

O coordenador do Movimento Nas Ruas, Tomé Abduch afirmou na última segunda (9) ao Congresso em Foco, que os atos só não vão acontecer se o coronavírus parar o país, cancelando jogos de futebol, shows, teatros e aulas.

Ao menos no Distrito Federal essa paralisação aconteceu. O governador Ibaneis Rocha (MDB) publicou um decreto na  noite de quarta-feira (11) suspendendo as aulas em escolas públicas e privadas e proibindo a realização de eventos com mais de 100 pessoas que necessitem de autorização dos órgãos públicos. As medidas valem por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

Ibaneis, porém, não vai proibir as manifestações nas ruas do DF. “Não vou proibir as pessoas de saírem às ruas, como foi feito na Itália. Mas o recomendável é que não participem. Chegou a hora de baixar a bola, ouvir as recomendações da Organização Mundial da Saúde”, disse Ibaneis em entrevista para a Folha de S. Paulo.

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