“Bolsonaro cometeu um atentado ao decoro público”

“Bolsonaro cometeu um atentado ao decoro público”


Roberto Romano, professor de ética e filosofia, disse ao Globo que, ao publicar um vídeo pornográfico, Jair Bolsonaro revelou falta de conhecimento sobre o cargo que ocupa.

Ele comparou a postagem de Bolsonaro a declarações de Fernando Collor de Mello (que em 1991 disse que tinha nascido com “aquilo roxo”) e Lula (em 2000, quando chamou a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, de “exportadora de veados”).

“Bolsonaro cometeu um atentado ao decoro público, ao decoro do cargo e da República brasileira. Foi um dos atentados mais violentos que um chefe de Estado já fez à moralidade pública. É ainda pior, para além das imagens, ele ter afirmado que esse comportamento é comum nas festas de carnaval do país. Ele atribuiu o comportamento de duas pessoas a milhões e milhões delas. Com que direito ele faz isso?”

Romano também avaliou que Bolsonaro repetiu o comportamento de Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, que em entrevista recente à Veja classificou turistas brasileiros no exterior como “canibais” que roubam objetos de hotéis e aviões.

“Um chefe de Estado não pode caluniar o próprio povo. A suposição de que todos o Brasil vive à beira de uma eclosão obscena não pode ser provada. Bolsonaro precisa ter cuidado com as próximas publicações, ou vai conseguir conquistar a antipatia da população.”

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