Bolsonaro entrega futuro da Economia a Ciro Nogueira

2 18:56 Bolsonaro entrega futuro da Economia a Ciro Nogueira

Bolsonaro entrega futuro da Economia a Ciro
Nogueira
Presidente abriu caminho para que o chefe da Casa Civil boicotasse as articulações de Paulo
Guedes na discussão dos combustíveis
Por Robson Bonin 4 fev 2022, 15h58
O ministro Paulo Guedes vinha articulando pessoalmente, em reuniões com os chefes
do Congresso, a redação da norma que abriria caminho para a discussão sobre a
redução dos preços dos combustíveis.
Guedes imaginava falar em nome do presidente, mas outro ministro já estava nessa
frente. Ciro Nogueira, segundo colegas dele no Palácio do Planalto, articulou com
Arthur Lira a manobra que levou a Câmara a assumir a dianteira da discussão da PEC
que reduz tributos dos combustíveis.

O presidente da República, Jair Bolsonaro e o ministro da economia, Paulo Guedes,fazem declaração conjunta à imprensa no auditório do
ministério da economia em Brasília Wilson Dias/Agência Brasil
04/02/2022 18:56 Bolsonaro entrega futuro da Economia a Ciro Nogueira | VEJA
https://veja.abril.com.br/coluna/radar/bolsonaro-entrega-futuro-da-economia-a-ciro-nogueira/ 2/2
A facada nas costas foi duas vezes mais dolorida do que o imaginado por Guedes.
Primeiro porque foi mais fundo no caixa da União.
Segundo porque foi desferida de forma cruel, sem que Nogueira e os aliados do
centrão tomassem conhecimento da autoridade de Guedes no assunto.
O chefe da Casa Civil entrou de vez nos assuntos da Economia. Meteu o pé na porta
sem pedir licença ao dono da sala. Na tarde desta quinta, auxiliares de Guedes
telefonavam desesperados ao Planalto para saber de onde havia saído o texto
apresentado pelo deputado Christino Áureo.
Não era o texto da Economia e a turma de Guedes só foi descobrir a autoria pela
imprensa, quando o arquivo protocolado foi investigado e constatou-se a origem na
Casa Civil.
Traído dentro de Casa, Guedes acreditava que havia costurado um acordo para que o
tema dos combustíveis tramitasse inicialmente pelo Senado. Era a forma de o
governo privilegiar Rodrigo Pacheco e dar protagonismo aos senadores diante a
Câmara.
Bolsonaro, Nogueira e Lira foram mais rápidos. Sequer avisaram Guedes do
movimento. O ministro ficou indignado.

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