O trabalho feito no local custou R$ 5 mil e saiu do bolso dos próprios moradores. “Foi uns três dias de serviço para tirar só os paus. Aí depois trouxemos para cá. Gastamos mais meio dia para fazer. Foi tirando um pau velho e colocando outro novo até arrumar tudo [sic]”, disse o lavrador Pedro Gomes Resplande.

Segundo os moradores, a reivindicação é antiga. “Tem mais de 14 anos que nós esperamos para fazer essa ponte. Vai esperando e nada da ponte sair.”

A estrutura estava bastante danificada e provocou acidentes. Pelo menos cinco pessoas caíram no córrego. O lavrador Edivá da Conceição foi uma vítima. “Fraturou uma costela, mas hoje estou aqui contando a história [sic]”.

O lavrador mora há 59 anos no local e a madeira para refazer a ponte foi da propriedade dele. “Pagamos um trator, puxamos para cá, reunimos tudo e montamos”, disse.

Depois de anos cobrando a prefeitura os moradores, os moradores receberam uma resposta que não agradou muito. “Queriam fazer o gradeado de ferro por cima da ponte. Eu falei que não aceito fazer outra por cima. Se quiser fazer pode trazer os pranchão de cimento e retirar a madeira. Se for fazer por cima não vai dar certo porque não vamos aceitar”, disse Pedro Gomes.

A Prefeitura de Palmas disse que a Secretaria de Desenvolvimento Rural sabe das necessidades da comunidade Marmelada e se comprometeu com a associação de moradores a fazer a ponte até junho deste ano. Informou ainda que a ponte é pré-fabricada e está em processo de cura.