A gente não tem onde pôr o paciente’ diz médico que trabalha no HGP
Segundo o profissional, faltam materiais básicos como algodão na unidade. O HGP é o maior hospital público do Tocantins.
Por TV Anhanguera
Falta de médicos e materiais continua prejudicando atendimento em hospitais no Tocantins
O atendimento e o fornecimento de materiais continuam sendo problemas em hospitais públicos do Tocantins. A falta de pessoal e o abastecimento irregular das unidades de alta complexidade acabaram refletindo nas UPAs, que ficaram lotadas em Palmas e em outras cidades.
Nesta terça-feira (5), um médico que pediu para não ser identificado falou sobre a situação do Hospital Geral de Palmas, o maior do estado.
“Quando eu vejo uma ambulância chegando aqui eu já fico aflito. Porque a gente não tem onde pôr o paciente. Aí, ás vezes, temos que manter o paciente na maca do Samu. Isso é muito ruim, é frustante. Uma unidade deste porte não tem algodão, não tem furosemida, não tem captopril.”, disse ele.
Na UPA Norte, além da fila e da demora, uma chuva ainda deixou a recepção alagada no começo do dia. Os corredores do Hospital Infantil de Palmas, que vive uma crise desde a semana passada, continuam lotados. Na sexta-feira (1º) apenas uma médica fez o atendimento durante a maior parte do dia. Em Porto Nacional, o atendimento também está complicado.
A crise começou após profissionais que não concordam com as condições de trabalho apresentarem um pedido de demissão em massa. A Justiça determinou que eles devem permanecer cumprindo aviso prévio nas unidades por 30 dias.
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma equipe esteve na UPA e resolveu o problema do alagamento. Sobre a demora, a secretaria disse que todos os pacientes que procuraram as unidades hoje foram atendidos. As duas UPAs de Palmas, de acordo com a Semus, contam com seis médicos durante o dia e quatro durante a noite.
Já a Secretaria Estadual de Saúde disse que as escalas médicas das unidades estaduais seguem regulares e que os hospital estão abastecidos. Disse que casos pontuais estão sendo solucionados pela área técnica e sobre a falta de leitos no HGP disse que é decorrente da superlotação da unidade.
Médico afirma que faltam materiais no Hospital Geral de Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera