CARLESSE QUEBRA A SAÚDE DO ESTADO!Grávidas esperam cesariana em cadeiras por falta de leitos na maior maternidade pública do TO
Grávidas esperam cesariana em cadeiras por falta de leitos na maior maternidade pública do TO
Em alguns casos, pacientes estão sendo transferidas para o interior do estado por falta de vagas. Secretaria de Saúde afirma que tempo de espera na unidade está maior devido a alta demanda.
Pacientes denunciam falta de leitos no Hospital Maternidade Dona Regina
Mulheres que esperam para da à luz no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, denunciaram neste sábado (2) que a unidade não tem leitos para internar as pacientes. Por causa disso, muitas estão aguardando atendimento em cadeiras de macarrão. (Veja vídeo)
Este é o caso de Andressa Rodrigues da Silva. A adolescente de 17 anos está grávida de 41 semanas, mas desde quinta-feira (28) está na unidade aguardando a liberação de um leito. “Você fala com um e jogam para outro. E aí? Quem é que vai fazer”, questiona o pai da jovem, Alcides Nunes da Silva Filho.
Uma irmã da paciente conta que tentaram transferir Andressa para Gurupi, no interior do estado, mas o hospital da cidade também estaria lotada. “O procedimento que vai fazer lá é o mesmo que está sendo feito aqui. Não tem um específico para chegar lá e fazer a cesariana. Vai ser o mesmo procedimento: chegar, fazer a triagem e espera surgir a vaga, sendo que aqui ela já está internada”, disse Vanessa Rodrigues.
Dentro do Dona Regina, a auxiliar de serviços gerais Francimara Mascarenhas gravou um vídeo mostrando que as cadeiras de macarrão são a única forma de aguardar uma acomodação. “Nós estamos aqui no Dona Regina já tem dois dias. Aqui é a nossa cadeira, olha. Esperando uma cesariana e não tem nem cama para a gente ficar”, reclamou.
Apesar da informação de que a maternidade de Gurupi estaria lotada, na manhã deste sábado a reportagem da TV Anhanguera encontrou pacientes sendo transferidas para a unidade, na região sul do estado.
Uma grávida vai ter que enfrentar três horas de viagem para ter o filho no interior do estado. “Porque não tem atendimento para o pessoal daqui, né?”, lamentou José Antônio, marido da paciente.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que o Hospital e Maternidade Dona Regina está enfrentando uma grande demanda por ser referência em atendimentos de alta complexidade para gestantes e isso tem acarretando um tempo maior de espera para realizar os atendimentos.
Porém, afirmou que todas as pacientes estão sendo atendidas e os insumos estão sendo repostos, a exemplo do esparadrapo. “A Secretaria ressalta que todos os recursos e esforços estão sendo utilizados para garantir a assistência às pacientes em menor tempo possível”, afirma o governo.
A nota enviada diz ainda que Andressa Rodrigues da Silva está aguardando para ir para o bloco cirúrgico e a cirurgia seria realizada ainda neste sábado (2).
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Sem leitos, grávidas esperam cirurgia em cadeiras — Foto: Reprodução/TV Anhanguera