Cenourão: alvo da nova operação da PF nega ter recebido dinheiro em troca do silêncio

Cenourão: alvo da nova operação da PF nega
ter recebido dinheiro em troca do silêncio
Elmar Batista, o Cenourão, defende também a inocência do filho, Bruno Borges, também alvo das
operações Brutos e Hastati
12/03/2020 – 11:12
Ex-secretário estadual e ex-chefe de gabinete na gestão de Marcelo Miranda (MDB) Elmar Batista
Borges, o “Cenourão”, 57 anos, diz na conversa com o JTo que a Polícia Federal (PF) o alcançou em
Uberlândia (MG), nas operações Brutus e Hastati, deflagradas na terça-feira, 10, num
desdobramento da Operação Replicantes, que mira suposta organização criminosa ligadas ao grupo
Exata, de copiadoras.
De acordo com Cenourão, além dele, o filho Bruno Rodrigues Farias Borges, o “Cenourinha”,
também é alvo das operações de terça-feira, sob a suspeita de terem recebido dinheiro de outro alvo,
Larissa de Souza Ayres Bucar, para desistir das declarações que iria prestar à Polícia Federal e que,
possivelmente, comprometeria outros investigados. Confira o que diz Cenourão
Sobre ser alvo
O inquérito que eu estava envolvido foi concluído e eu não fui indiciado. Ano passado teve outra
operação e eu deixei claro, a única coisa que eu fiz nessa história toda, foi emprestar o nome da
minha esposa para comprar o carro para o Marcelo. E me deixaram de fora do inquérito. Eu perdi
o emprego, minha esposa perdeu o emprego. Estou contando com ajuda da família para pagar as
contas. E agora pegaram meu filho, que é guarda num hotel, trabalha no balcão a noite todinha.
Foram na minha casa em Natividade, reviraram tudo. Não acharam nada, nada. Me pegaram aqui
em Uberlândia onde eu estou.
[Ao depor no dia de sua prisão, dia 25 de setembro de 2019, Cenourão confirmou aos investigadores
ter usado o nome da esposa para a compra de um Jeep Renegade, em 2016, pelo valor de R$ 114
mil, destinado ao filho de Marcelo Miranda] .
Sobre a acusação de compra de silêncio
12/03/2020 Cenourão: alvo da nova operação da PF nega ter recebido dinheiro em troca do silêncio

Um dia eu estava de carona com a Larissa, não sabia que ela estava sendo investigada. Ela me deu
carona até Taquaralto e apenas conversamos, pela amizade. Ela estava sendo monitorada e
filmada, mas eu não sabia. E aí tiraram foto minha com ela. Agora uma acusação dessas, de que
estou recebendo dinheiro para calar a boca, não tem cabimento.
Sobre os R$ 13 mil apreendidos
Não sei nada sobre esses R$ 13 mil. Eu não recebi dinheiro nenhum. Não tem cabimento uma
acusação dessas. Olhe, eu estou abalado. Minha família está abalada. Meu filho é guarda do hotel,
agora vai perder o emprego. Ele é um batalhador. Quando eu vou a Palmas, fico na casa dele.
Ando na companhia dele. Mas eu lhe garanto, ele nunca foi na casa de Brito (Miranda, pai do exgovernador Marcelo Miranda), nem de Larissa. Não tem cabimento uma acusação dessas. Tanto
que depois o próprio delegado da Polícia Federal ligou no hotel para pedir pra não demitirem ele.
Não há prova de nada. Não há nada. Acabaram com a gente.O CARA FEZ PARTE DE ESQUEMA CRIMINOSO ONDE O GOVERNADOR FICOU PRESO POR 150 DIAS E SE DIZ INOCENTE!

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