Cloroquina X The Lancet: Quantas vezes isso já pode ter acontecido?

Cloroquina X The Lancet: Quantas vezes isso já pode ter acontecido?

Semanas atrás assistimos preocupados quando pessoas veementemente exigiam comprovação “científica” para o uso da cloroquina.

Parecia loucura, numa situação onde urgem resultados PRÁTICOS, do mundo REAL, alguém exigir chancela “científica”, uma abstração, como se existisse órgão mundial apto a apor tal selo de “científico”.

Foi um festival de tolice que seria engraçado se não fosse tétrico.

Mas, existe órgão que ateste, a nível mundial, se o emprego de um medicamento tem respaldo “científico”?

A resposta é: não!

O que existe é um establishment científico, quase um Vaticano, formado por:

A – grandes universidades estrangeiras que recebem polpudas verbas da indústria farmacêutica e do leite;

B – congressos “científicos” patrocinados pela indústria, onde não necessariamente o palestrante estrelado participou do estudo.

Essa produção “científica” independente às vezes chega na mesa do médico, na forma de panfletos lindamente coloridos e ilustrados com gráficos de aparência perfeitamente “científicos”, entregues por aquela mocinha que carrega uma enorme mala preta e fura a fila enquanto esperamos a vez no consultório.

C – revistas “científicas” renomadas.

Nas revistas científicas, existe um sistema de “quem é quem”, um filtro de capilaridade estreita, permitindo que milhares de pesquisas se reduzam a pouquíssimos artigos semanais.

Tal filtro forma uma sutil cadeia de influências que fecham, blindam o “científico” em torno de certas teses moral e/ou economicamente interessantes a esse ou aquele grupo.

Assim, pesquisa que relacione leite a câncer, por exemplo, não terá espaço em instituição que receba contribuições da grande indústria do leite.

Ora, para ser científico, no mínimo a revista deveria ser rigorosa na questão da “validade interna” do estudo e não se confiar no QI (“quem indica”) do autor.

Mas esse rigor parece não existir, aí chegamos na Cloroquina X The Lancet.

Ora, uma revista que existe há quase 200 anos, referência absoluta em medicina, provavelmente tem um sistema de filtro perfeitamente ajustado ao establishment.

Mas, lembremos, tal sistema filtra pessoas, não filtra conteúdos.

No caso da cloroquina, a repercussão foi tão grande que vários profissionais ao redor do mundo examinaram o artigo com uma visão crítica e lá estava: dados primários falsos.

Ou seja, aparentemente a renomada revista publicou uma pesquisa baseada em fraude. Ora, quantas vezes isso já aconteceu antes?

Aí lembramos dos nossos especialistas de plantão esperando a unção do establishment “científico” antes de recomendar cloroquina.

O mais danoso para a sociedade é que tais pessoas, do alto do argumento de autoridade dos seus diplomas e cargos, usaram o viés ideológico para afastar milhares de pessoas da opção por um tratamento que já demonstrou NO MUNDO REAL sua eficácia.

Pedro Jales

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