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Um doce saudita para os EUA: uma escultura e uma bandeira saudita erguida no World Trade Center, onde 3.000 americanos foram mortos por terroristas sauditas

Julio Severo

Uma escultura celebrando a ditadura islâmica da Arábia Saudita foi erguida na área do World Trade Center em dezembro, perto do memorial do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001. A exposição incluiu uma bandeira saudita.

Com a forma de um pedaço de doce, a estátua de quase três metros de altura ostentava a bandeira esmeralda saudita com a inscrição em árabe: “Não existe deus senão Alá e Maomé é seu profeta.”

A exposição saudita no World Trade Center levantou questões por causa de acusações de longa data dirigidas à Arábia Saudita depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Em 2003, centenas de famílias afetadas por esses atentados processaram a Arábia Saudita por seu alegado envolvimento em abrigar o terrorismo — considerando que 15 dos 19 sequestradores eram sauditas. Mas o governo americano esmagou o processo.

A exposição saudita estava marcada para permanecer no World Trade Center até o dia 28 de fevereiro. Mas depois de protestos, autoridades dos EUA disseram que a exposição seria mudada para outro local em Nova Iorque.

Mudar para outro local? Isso não é suficiente para mudar o fato de que a exibição saudita é um insulto à memória de 3.000 americanos que foram vítimas do terrorismo saudita.

Geralmente, um estuprador que estupra crianças primeiro lhes oferece um doce e depois as estupra. Os sauditas primeiro “estupraram” os Estados Unidos — se você pode chamar o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 de “estupro” terrorista — e agora eles oferecem aos Estados Unidos um doce simbólico! Diabolicamente “bacana,” né?

Existe apenas um problema nessa analogia. Os EUA não são uma criança vulnerável à mercê de um estuprador muçulmano. Os EUA não só não têm medo de guerras, mas até gostam delas. Portanto, não é surpresa que os presidentes de direita e de esquerda dos EUA tenham sido notoriamente belicistas, em grau menor ou maior. Um pequeno problema com os EUA desperta sua máquina de guerra sempre pronta para invadir.

Por que a Arábia Saudita nunca foi invadida?

O que impede os presidentes dos EUA — de Bush a Obama a Trump — de dar à Arábia Saudita exatamente o que ela merece é o fato de que a ditadura islâmica saudita é a maior compradora de armas pesadas dos EUA. Se não fosse por esse fato, a Arábia Saudita teria sido bombardeada e invadida há muito tempo — sem mencionar que o governo dos EUA — de Bush a Obama a Trump — pararia de proteger a Arábia Saudita de processos judiciais de parentes americanos das 3.000 vítimas do atentado saudita ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001.

Parece que os EUA controlados pelos neoconservadores podem desperdiçar 3.000 vidas americanas, contanto que em troca os EUA — na verdade, os neoconservadores — recebam uma enorme quantidade de dinheiro — que os sauditas têm dado obedientemente ao comprar incontáveis bilhões de dólares em armas pesadas dos EUA. Se os EUA ficarem realmente preocupados com a perda de 3.000 vidas americanas, eles perdem o acordo. Se os EUA valorizarem o acordo saudita, recebem dinheiro e um doce simbólico.

Certamente, quando a Arábia Saudita ficar sem dinheiro, os neoconservadores farão a Arábia Saudita prestar contas por todos os seus crimes.

Enquanto isso, os EUA receberão doces simbólicos sauditas, contanto que a Arábia Saudita continue comprando toneladas de armas pesadas dos EUA.

Contudo, minha analogia sobre estupro saudita não está longe da realidade. Uma manchete do WND (WorldNetDaily) diz tudo: “Cinco estudantes sauditas fogem dos EUA antes de julgamento por estupro e assassinato.” Essa flagrante impunidade não está acontecendo sob Obama, mas sob Trump, depois que ele vendeu para os sauditas mais de 100 bilhões de armas. Muito dinheiro cega — e os EUA estão sofrendo exatamente essa cegueira. E que esperança há para tal nação, quando até mesmo seus poderosos televangelistas são cegados pelo dinheiro saudita?

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