-- Publicidade --

Corregedoria-Geral diz que inquérito de delegado foi aberto por falta de comunicação

Corregedoria-Geral diz que inquérito de delegado foi aberto por falta de comunicação

Sindepol afirma que o delegado informou, mediante ofício, à sua superior hierárquica, sobre a entrevista. Corregedoria responde que desconhece o expediente que teria sido enviado para a Comunicação.

  – Atualizada em   Da Redação

 Reprodução Rede Globo

A Corregedoria-Geral da Segurança Pública (SSP), em nota enviada à imprensa, disse que a Sindicância Decisória n° 011/2020 foi instaurada visando apurar a conduta do Policial Civil Guilherme Rocha Martins diante a concessão de entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Mas diferente do que vem sendo noticiado, o processo foi aberto em fevereiro deste ano, quando a Corregedoria-Geral teria intimado Guilherme para esclarecer do que se tratava o seu depoimento ao programa de TV.

 

Conforme o órgão, a instauração “foi motivada diante da existência de indícios de autoria e materialidade, nos termos do Art. 178 do Estatuto dos Policiais Civis, ante a informação da Diretoria de Comunicação da SSP-TO, remetida  Corregedoria-Geral, sobre a ausência de ciência sobre a realização da entrevista concedida pelo Delegado”.

 

Ou seja, a Corregedoria-Geral afirma que não estava ciente do depoimento do delegado Guilherme para TV, o que vai contra as normas técnicas da entidade. “Por duas vezes, o mesmo foi intimado a ser ouvido no referido procedimento.  Na primeira oportunidade o referido Policial compareceu à Corregedoria, manteve contato pessoal com o responsável pelas investigações e não informou que havia comunicado à Diretoria de Polícia da Capital sobre a concessão da entrevista, se limitando a solicitar a remarcação da audiência por motivos pessoais, pedido que foi atendido. Todavia, um dia antes da nova data designada para sua oitiva, voltou a solicitar o adiamento do ato, sendo prontamente atendido” elucidou.

 

A Corregedoria-Geral ressaltou, ainda, que em nenhuma dessas oportunidades, mesmo tendo ciência do teor da Sindicância, já que recebeu cópia integral dos autos aos 17.02.2020, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins – SINDEPOL/TO, informou que teria feito a comunicação da realização da entrevista à Diretoria de Polícia da Capital, comunicação essa que não era de conhecimento da Diretoria de Comunicação ou da Corregedoria.

 

O órgão afirma, por fim, que só tomou conhecimento pela imprensa que o delegado Guilherme teria oficiado a Diretora da Capital sobre a entrevista, já que o Sindicado em momento algum solicitou a juntada de tal ofício aos autos, somente apresentando referido documento à imprensa. “Considerando que a juntada de tal documento aos autos é de interesse do próprio Sindicado, sua intimação foi realizada com a maior brevidade possível, já que com a confirmação de tais informações, o próprio procedimento investigativo, em tese, perderia o objeto, com o conseguinte arquivamento, não havendo razão para mantê-lo diante da notícia dada pela imprensa do ofício cuja cópia não foi encaminhada à Corregedoria-Geral. Por fim, informa que a audiência citada na reportagem foi remarcada” finalizou.

 

Manifestação do SINDEPOL

 

Em nota encaminhada à imprensa nesta terça-feira, 9, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins – SINDEPOL/TO, manifestou total e irrestrito apoio ao delegado Guilherme Rocha Martins, diante da instauração de Sindicância Decisória em desfavor do delegado, por ter concedido entrevista ao programa Fantástico. 

 

O Sindicato ressalta que declarou apoio a Guilherme pelas seguintes razões: A Corregedoria da Polícia Civil do Tocantins instaurou, em 2 de junho de 2020, Sindicância Decisória para apurar a conduta do delegado Guilherme. Conforme o Sindepol, a referida sindicância decisória foi precedida de uma sindicância investigativa (preliminar), instaurada em 21 de janeiro de 2020, na qual não houve sequer a possibilidade de manifestação formal do delegado sobre os fatos apurados, posicionamento diverso das sindicâncias anteriores instauradas, que sempre notificaram o sindicato para prestar esclarecimentos.

 

Comentários
você pode gostar também