A Delegacia de Investigações Criminais Norte (Deic), em Araguaína, indiciou nesta segunda-feira, 8, Lígia Cavalcante Rodrigues Marinho, 62 anos, assessora parlamentar da deputada Valderez Castelo Branco (PP) por peculato e falsidade ideológica majorada. O relatório final do inquérito é assinado pelo delegado Bruno Boaventura.

Ela é suspeita de ser servidora fantasma na Assembleia Legislativa do Tocantins e estava sendo investigada pela Operação Catarse. Segundo o inquérito policial, Lígia morava em Araguaína, não frequentava as dependências da AL em Palmas, mantinha vínculo empregatício e recebia uma quantia média mensal de R$ 5.543,00, desde 2015.  O prejuízo aos cofres públicos soma R$ 234.2014,76.

Durante depoimento à Polícia, ela relatou que sua função seria “realizar representações em eventos sociais e religiosos, levando as demandas e os anseios da comunidade pessoalmente quando de sua presença na cidade” e confirmou que nunca prestou serviços a AL em Palmas, se limitando a ficar em Araguaína, o que caracteriza o crime.

A polícia constatou que sua folha de frequência começou a ser assinada somente em janeiro do ano passado. Todas as folhas foram assinadas pela chefe de gabinete Noélia Terezinha Vieira de Carvalho, que chegou a ser intimada diversas vezes, mas não compareceu à delegacia para prestar depoimento. Ela acabou indiciada também por peculato e falsidade ideológica majorada.