CORRUPÇÃO E ROUBO NO PLANSAÚDE:Estado alega “complexidade” em dar lista dos pagamentos do Plansaúde e pede mais 5 dias de prazo

Estado alega “complexidade” em dar lista dos
pagamentos do Plansaúde e pede mais 5 dias
de prazo
Adiamento é pedido da Procuradoria do Estado, mas é criticado pelo sindicato dos hospitais que
pede multa ao Estado e abertura de inquérito por desobediência em não fornecer lista
11/11/2019 – 15:50
O procurador do Estado Raphael Barbosa dos Santos Teixeira pediu ao juiz José Maria de Lima, na
sexta-feira, 8, mais cinco dias úteis para cumprir a decisão do dia 11 de outubro para que o Estado
forneça a relação dos pagamentos feitos pelo Estado aos prestadores de Serviços do Plansaúde nos
últimos 12 meses ao Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do
Tocantins (SINDESSTO), que ingressou com uma ação no dia 4 de outubro.
Sindicato quer multa e prisão
Em contrapartida, a defesa do SINDESSTO, afirma que o pedido de prorrogação se deu fora do
prazo do cumprimento da liminar e pede que haja multa para a direção do Plansaúde.
Além disso, pede que a Justiça remeta cópia do processo para a Polícia Civil e o Ministério Público
instaurarem “Inquérito Policial e Inquérito Civil Público contra o representante legal do Plansaúde,
para apuração, em tese, do crime de desobediência, incluindo a possibilidade de decretação de
prisão”.
Polêmica do débito
A controvérsia sobre quem recebeu ou não e quanto tem a receber ganhou o centro da controvérsia
sobre os débitos do Plansaúde desde que veio a público um áudio do médico Luciano Castro
Teixeira, ligado ao Oswaldo Cruz, um dos principais fornecedores do Plansaúde, em conversa com
o jornalista Antônio Guimarães.
O teor do diálogo gerou inquéritos na Polícia Civil contra o sobrinho do governador, Claudinei
Quaresemin e duas queixas-crimes contra o médico, que se defende dizendo que um hacker vazou o
diálogo.
12/11/2019 Estado alega “complexidade” em dar lista dos pagamentos do Plansaúde e pede mais 5 dias de prazo

Na conversa vazada, o médico cita um suposto esquema de cobrança de propina aos prestadores de
até 23% sobre o valor devido pelo plano para que houvesse o pagamento da dívida. Só o Oswaldo
Cruz tem a estimativa de R$ 43 milhões a receber.
Boicote ao Oswaldo Cruz
O médico enviou uma mensagem à coluna com um novo áudio com várias novas acusações que
estão sendo apuradas pelo JTo.
Em um dos trechos do novo áudio, ele afirma que o hospital segue sem receber e afirma que o
Estado chegou a pedir um a nota fiscal, pela qual o Oswaldo Cruz pagou R$ 116 mil em impostos,
mas não houve pagamento. “Essa nota tem mais de dois meses. E pediram mais nota, para a gente
pagar mais imposto”, diz Teixeira, em áudio enviado à coluna.
Segundo ele, essa seria uma estratégia para o hospital falir e inclui ações planejadas com órgãos
estatais contra o hospital. “É para a gente quebrar”, diz, ao citar visitas semanais da vigilância
sanitária. “Toda semana. Mas não tem o que eles questionarem, então, ficam tentando destruir. É
muito feio muito vergonhoso, e aí o que eles fizeram, só ia receber se pagasse a extorsão que eles
queriam que era de 23%”, afirma.

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