CORRUPÇÃO FAMILIOCRACIA E LIXO NO NOVO GOVERNO

Por TV Anhanguera

Polícia investiga relação entre empresa e galpão em que foi encontrado lixo hospitalar
JA 1ª Edição – TO
O VELHO VÍCIO DO GOVERNO DO TOCANTINS: LIXO VALE OURO!
Polícia investiga relação entre empresa e galpão em que foi encontrado lixo hospitalar

Polícia investiga relação entre empresa e galpão em que foi encontrado lixo hospitalar

A empresa responsável pela coleta do lixo no Hospital Regional de Araguaína foi contratada sem licitação, segundo publicação no Diário Oficial do Tocantins do dia 6 de agosto desse ano. O valor mensal pelo serviço ultrapassa R$ 500 mil. A Polícia Civil investiga a relação dessa empresa com o galpão onde foram encontradas mais de 200 tolenadas de lixo na última quarta-feira (7). A suspeita da polícia é que essses resíduos sejam do hospital regional, o maior hospital público da região norte do estado. (Veja o vídeo)

Os sócios dessa empresa seriam o ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira, pai do deputado estadual Olytho Neto (PSDB) e Rodolfo Olinto Rotoli Garcia de Oliveira, irmão de parlamentar. A sociedade é comprovada por documentos fornecidos pela Junta Comercial do Tocantins.

Os dois negaram que tenham vínculo com a empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA.

Já o galpão pertenceria ao deputado estadual Olynto Neto, segundo a Polícia Civil. No local deveria funcionar uma fábrica de farinha, mas o local está oficialmente desativado há pelo menos dez anos. Duas empresas estão registradas no endereço e ambas estão no nome do parlamentar.

Mais de 200 toneladas de lixo foram enconrradas em galpão em Aeraguaína — Foto: Reprodução/TV AnhangueraMais de 200 toneladas de lixo foram enconrradas em galpão em Aeraguaína — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Mais de 200 toneladas de lixo foram enconrradas em galpão em Aeraguaína — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O parlamentar afirmou não ter qualquer relação com o imóvel. Disse ainda que já foi funcionário da empresa, há mais de 10 anos, quando ainda cursava faculdade. O vínculo com a mesma, segundo ele, encerrou-se quando decidiu entrar para a vida pública em Araguaína no ano de 2008.

A Secretaria Estadual da Saúde informou que o processo da licitação para contratação de empresa coletora de resíduos das unidades de saúde está em andamento. Disse que quando a atual administração assumiu, a licitação não havia sido finalizada e foi necessária a contratação em caráter emergencial da empresa Sancil para que o serviço não fosse interrompido.

Afirmou também que assim que a licitação for finalizada, o contrato emergencial será encerrado e a empresa que vencer a licitação assumirá a prestação do serviço.

Entenda

Os resíduos foram encontrados em um galpão no no distrito agroindustrial de Araguaína após uma denúncia. Seringas, luvas, bolsas de soro, gases e outros materiais hospitalares estavam espalhados pelo galpão de 1.600 mil metros.

Os fiscais do meio ambiente e a Defesa Civil municipal interditaram o depósito clandestino depois que encontraram seringas, ampolas de remédio e curativos. “Há um potencial risco de contaminação pela quantidade de materiais diversos que se encontram nesse local”, explicou o engenheiro João Guilherme Almeida.

A suspeita da Polícia Civil é de que todo o lixo seja do Hospital Regional de Araguaína, mantido pelo governo do estado. “Há essa suspeita né. O histórico que o hospital regional apresenta e devido a própria natureza do material que foi encontrado aqui”, explicou o delegado Romeu Fernandes.

O acúmulo de lixo na unidade é recorrente. No começo do ano, foram flagradas montanhas de sacos que chegavam ao telhado da unidade. Agora, os investigadores querem comprovar a suspeita e saber porque o lixo não foi levado para um local apropriado. O Ministério Público também acompanha o caso.

O material será levado para o aterro sanitário onde será tratado, mas esse serviço deve demorar. A empresa responsável afirmou que vai demorar até vinte dias para retirar todo o lixo.

“Essas pessoas vão responder por crime ambiental. Com pena de um ano e cinco meses de prisão […] Nós já instauramos inquérito policial até pra saber sobretudo se os sócios proprietários tinham conhecimento dessa situação”, disse o delegado.

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