CORRUPÇÃO NA AL TOCANTINS! Suspeito de ser servidor fantasma, investigado diz que devolvia 80% do salário para filho de deputado

Por TV Anhanguera

Operação Espectro: investigadores dizem que depoimentos de suspeitos é reveladora

Operação Espectro: investigadores dizem que depoimentos de suspeitos é reveladora

Um dos investigados durante a segunda fase da operação Espectro IIcontou à Polícia Civil, na manhã dessa quinta-feira (31), que estava devolvendo 80% do salário que recebia para o vereador de Porto Nacional Tony Marcio Andrade (PSD). Ele é filho do deputado estadual Toinho Andrade (PHS), cujo gabinete na Assembleia Legislativa é um dos investigados por abrigar funcionários fantasmas. Deputados não são investigados neste momento.

A TV Anhanguera ligou para o vereador, mas as ligações não foram atendidas. O deputado Toinho Andrade informou que vai se pronunciar quando tiver total conhecimento dos fatos.

Estão sendo cumpridos nesta quinta-feira (31) sete mandados de busca e apreensão, além de 11 intimações. Segundo a polícia, os depoimentos estão sendo reveladores. A estimativa é de que o esquema causou mais de R$ 1,5 milhão em danos.

Nesta fase da operação, a investigação gira em torno de 11 servidores que estariam recebendo sem trabalhar. Eles estariam ligados aos gabinetes dos deputados Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD). Um dos investigados seria ligado a presidência da casa de leis no período em que Osires Damaso (PSC) foi presidente.

Osires Damaso disse que não tem conhecimento dos fatos e por isso não pode se manifestar sobre a operação. Porém, afirmou que todos os seus funcionários sempre exerceram suas funções em conformidade com as normas da Assembleia Legislativa.

Para a polícia, estes 11 servidores não tinham condições de serem assessores parlamentares porque tinham vínculos empregatícios em outros locais, como na Câmara de Vereadores de Porto Nacional e empresas privadas. Alguns trabalhavam como caminhoneiros, professores e até frentista em posto de combustível.

G1 ainda tenta contato com o deputado Amélio Cayres (SD).

Assembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV AnhangueraAssembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Assembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Entenda

Os mandados desta quinta (31) estão sendo cumpridos por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) em Palmas, Cristalândia e Porto Nacional, onde se concentra a maioria dos suspeitos.

Conforme o delegado Guilherme Rocha, os deputados não são investigados neste momento. “Conforme a coleta de provas e o aprofundamento das investigações verificaremos se terceiros se beneficiaram com esse esquema. Certamente há possibilidade, conforme a coleta de provas, de chegar a pessoas próximas ou até aos deputados.”

Primeira fase

A primeira fase da operação Espectro foi realizada em fevereiro do ano passado, quando três pessoas foram indiciadas por corrupção devido a um esquema de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa.

Foram indiciados: o advogado e ex-diretor Geral da Assembleia Legislativa, Antonio Ianowich, o ex-Diretor de Modernização Tecnológica Danilo Parente e o coordenador de Almoxarifado e Estoque, Flávio Negreiros Alves.

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