CORRUPÇÃO NA AL TOCANTINS: VALDEREZ É A BOLA DA VEZ!

Por G1 Tocantins

 


Polícia investiga fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV AnhangueraPolícia investiga fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Polícia investiga fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (8) um inquérito que investigava a existência de funcionário fantasma no gabinete da deputada Valderez Castelo Branco (PP). Uma assessora parlamentar e a chefe de gabinete foram indiciadas por peculato-furto e falsidade ideológica. A suspeita é de que as supostas fraudes tenham causado um prejuízo de R$ R$ 234 mil. A investigação faz parte da operação Catarse.

A deputada Valderez Castelo Branco informou, em nota, “que não há nenhuma notificação oficial sobre o assunto”. Disse ainda que se coloca à disposição para esclarecer qualquer situação.

O inquérito foi concluído pelo delegado Bruno Boaventura, da Delegacia de Investigações Criminais de Araguaína e enviado para a Justiça. Conforme apurado pela polícia, a assessora parlamentar Lígia Cavalcante Rodrigues Marinho foi lotada no gabinete da deputada em 2016 com a data retroativa há um ano antes, em fevereiro de 2015.

Logo depois ela assumiu um cargo especial de assessor legislativo de gabinete. Função que conforme resolução da própria Assembleia Legislativa deveria ser prestada nas dependências da AL. Apesar disso, a mulher morava em Araguaína, no norte do Tocantins.

A assessora contou durante depoimento que sua função seria realizar “representações em eventos sociais e religiosos, levando as demandas e os anseios da comunidade” quando a deputada estivesse na cidade.

A Polícia Civil ainda verificou que a servidora estava assinando as listas de frequência como se estivesse cumprindo o expediente na Assembleia Legislativa, em Palmas. Entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, ela teria recebido R$ 234 mil.

A chefe de gabinete Noélia Terezinha Vieria de Carvalho acabou sendo indiciada porque também assinou as folhas de frequências, certificando as falsas presenças. Ainda segundo a polícia, Noélia Terezinha foi intimada varias vezes para prestar depoimento, mas nunca compareceu.

“Vale dizer que a hipótese dos autos não é o caso de mera inassiduidade de servidor público. Longe disso. Trata-se de esquema fraudulento de apropriação de dinheiro público através de vínculo empregatício espúrio, para que pudesse receber os vencimentos do cargo sem que ali jamais tivesse realizado a contraprestação laboral”, diz trecho do relatório da polícia.

Indiciadas

Lígia Cavalcante Rodrigues Marinho e Noélia Terezinha Vieira de Carvalho foram indiciadas por peculato-furto, falsidade ideológica e continuidade delitiva.

Também vão responder por continuidade delitiva, quando o mesmo crime é cometido de forma reiterada e que pode aumentar o total da pena. Se condenadas, nas penas máximas, poderão pegar mais de 17 anos de prisão.

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