CORRUPÇÃO NO GOVERNO CARLESSE:Em depoimento, suspeitas de serem funcionárias fantasmas dizem ter trabalhado na campanha de Mauro Carlesse
Em depoimento, suspeitas de serem funcionárias fantasmas dizem ter trabalhado na campanha de Mauro Carlesse
As duas afirmaram que apesar de estarem lotadas na Secretaria-Geral de Governo ficavam à disposição da deputada Valderez Castelo Branco. Elas teriam trabalhado nas campanhas da parlamentar e do governador no ano passado.
Por TV Anhanguera
Ex-servidoras disseram ter trabalhado na campanha de Mauro Carlesse enquanto eram funcionárias fantasmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Duas mulheres que seriam funcionárias fantasmas na extinta Secretaria-Geral de Governo afirmaram em depoimentos à Polícia Civil que trabalharam nas campanhas do governador Mauro Carlesse (PHS) e da deputada estadual Valderez Castelo Branco (PP) enquanto recebiam salários do Estado. As declarações foram dadas por Hayra Luanna Rodrigues de Moura Luz e Maria do Socorro Fontes de Sousa nesta quinta-feira (14).
As duas foram interrogadas pelo delegado José Anchieta dentro da Operação Catarse. Elas não foram presas e vão responder em liberdade.
As duas mulheres foram nomeadas em março de 2018, ainda durante o mandato de Marcelo Miranda (MDB). Elas foram mantidas nos cargos mesmo sem trabalhar até dezembro. As suspeitas disseram que neste período o único serviço que prestaram foi de cabos eleitorais da deputada e do governador.
A deputada Valderez Castelo Branco também foi citada pelas suspeitas — Foto: Divulgação
O governo do Tocantins não comentou as declarações das ex-servidoras, mas disse que “não há funcionários fantasmas na atual administração”. Ressaltou ainda que os mandados não foram cumpridos em órgão público do Estado.
A deputada estadual Valderez Castelo Branco disse que não foi informada oficialmente sobre o assunto. Ela afirmou que, assim que tomar conhecimento dos fatos, se colocará à disposição para esclarecer às dúvidas.
Hayra Luanna Rodrigues de Moura Luz e Maria do Socorro Fontes de Sousa ainda não têm defesa legalmente constituída. O G1 não conseguiu contato com elas.
Hayra Luana afirmou ter conseguido o emprego através do marido, que e disse que o trabalho dela era ir para rua pedir votos. Ela afirmou ter sido orientada a pedir votos para a deputada e para governador, disse que também distribuiu santinhos.
Já Maria do Socorro afirmou que recebia R$ 1,2 mil por mês e que trabalhou tanto na campanha da eleição suplementar de junho, quanto na eleição geral de outubro.