CORRUPÇÃO NO TOCANTINS:Filho do presidente da Assembleia é ouvido em investigação sobre funcionários fantasmas

Por TV Anhanguera e G1 Tocantins

 


Tony Andrade (esq.) é vereador em Porto Nacional — Foto: TV AnhangueraTony Andrade (esq.) é vereador em Porto Nacional — Foto: TV Anhanguera

Tony Andrade (esq.) é vereador em Porto Nacional — Foto: TV Anhanguera

O vereador de Porto Nacional Tony Márcio Andrade (PSD) prestou depoimento à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (12). Ele foi recebido na Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), em Palmas, mas ficou em silêncio durante todo o interrogatório. A investigação é um desdobramento da Operação Catarse.

De acordo com a Polícia Civil, outras duas pessoas foram ouvidas e o inquérito deve ser concluído nesta semana. Essa fase da operação Catarse investiga a existência de servidores fantasmas em gabinetes de deputados na Assembleia Legislativa do Tocantins.

O vereador foi citado por um investigado durante a segunda fase da operação Espectro II. Na época, o servidor disse que estava devolvendo 80% do salário que recebia para Tony Andrade, que é filho do presidente da AL, Toinho Andrade (PHS).

O gabinete do deputado, inclusive, é um dos investigados por abrigar funcionários fantasmas. Porém, os deputados não são investigados neste momento.

Tony Andrade saiu do depoimento sem falar com a imprensa. O advogado dele falou que não vai se manifestar neste momento.

Fantasmas na Assembleia

As investigações no parlamento tocantinense começaram ainda em 2018. Três pessoas foram indiciadas por corrupção devido o suposto esquema. Porém, novos indícios deram origem à segunda fase da operação Espectro II.

Novos mandados foram cumpridos em janeiro deste ano. Nesta ocasião, a polícia informou que a suspeita era de 11 fantasmas em dois gabinetes e ligados à antiga presidência da AL.

Para a polícia, estes servidores não tinham condições de serem assessores parlamentares porque tinham vínculos empregatícios em outros locais, como na Câmara de Vereadores de Porto Nacional e empresas privadas. Alguns trabalhavam como caminhoneiros, professores e até frentista em posto de combustível.

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