Norberto Duarte / AFP
Norberto Duarte / AFP

Depois de a Justiça paraguaia negar o pedido do Ministério Público do Paraguai de não acusar o ex-jogador Ronaldinho, 39 anos, e seu irmão Roberto Assis, 49, os irmãos gaúchos teve detenção ordenada pela Procuradoria Geral do país na noite desta sexta-feira (6). As informações são do portal ABC Color.

Segundo o portal, após mais de cinco horas de audiência com os brasileiros na tarde desta sexta, o ex-jogador se mudou para o Hotel Sheraton em Assunção, onde foi detido com seu irmão pela Polícia Nacional. Ambos na delegacia especializada em crime organizado em Assunção.

Procurado pela reportagem de GaúchaZH, o advogado de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, não atendeu as ligações.

A audiência dos irmãos Assis

Após mais de seis horas de audiência com os brasileiros nesta sexta (6), foi determinado que o caso fosse para a procuradora-geral do Estado, Sandra Quiñónez, que poderá manter ou rever a decisão inicial da Promotoria em até dez dias.

O instrumento jurídico “critério de oportunidade”, presente no código penal paraguaio, havia sido usado pelo Ministério Público como embasamento para livrá-los do processo penal.

Na quinta-feira (5), o promotor Frederico Delfino declarou que os brasileiros admitiram o delito, mas estariam livres de uma punição porque teriam sido “enganados em sua boa-fé”.
A possibilidade de prescindir da ação penal costuma ser adotada em casos de crimes financeiros, quando o autor admite o delito, mas não possui antecedentes criminais no país e colabora com a investigação. O juiz do caso, Mirko Valinotti, discordou de que esse critério pudesse ser utilizado no momento.

Como não foram adotadas medidas cautelares, não havia impedimento legal para que Ronaldinho e Assis deixem o país. Após saírem da audiência com a Justiça, eles voltaram para o hotel, onde foram detidos.