Do Marcelo: As quatro CPIs que assombram os políticos

Marcelo de Moraes
Não faz muito tempo, as comissões parlamentares de inquérito (CPIs) tinham poder de
derrubar governos. A administração de Fernando Collor começou a desmoronar depois
das revelações trazidas pela CPI do PC Farias. O Congresso também foi colocado de
pernas para o ar com o escândalo dos desvios no Orçamento na CPI dos Anões. Até
mesmo o Judiciário já foi alvo dessas investigações, numa comissão que revelou
superfaturamentos de obras, pagamentos irregulares e tráfico de influência entre outros
problemas.
Senadores comemoram a convocação de
ato em apoio à Lava Toga no dia 25 de
setembro. Foto: Divulgação/Assessoria
Major Olimpio
Depois de perderem espaço para as investigações conduzidas pela Polícia Federal,
Ministério Público, Receita, entre outros, as CPIs estão recuperando seu papel como
instrumento de investigações complexas e que enfrentam resistências políticas para irem
adiante.
Hoje, há pelo menos quatro CPIs funcionando ou com pedido para serem abertas que
causam desconforto para grupos políticos importantes.
1. CPI da Lava Toga – Senadores tentam, pela terceira vez, instalar a comissão para
investigar irregularidades no Judiciário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já
barrou duas vezes o pedido considerando que a investigação não tem fato definido e seria
inconstitucional por interferir em outro Poder. Agora, a tentativa de barrar a comissão é
liderada pelos bolsonaristas, que são acusados de fechar um acordão com o Supremo.
6.09.2019 | 17h28
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