ELEIÇÕES NO SENADO: O BBB DA POLÍTICA BRASILEIRA

ELEIÇÕES NO SENADO: O BBB DA POLÍTICA BRASILEIRA

#1 Curiosidades e absurdos da política

Will Shutter/Câmara dos Deputados

Se você, caro leitor ou leitora, é brasileiro(a) e possui rede Wi-fi em sua residência, certamente ouviu falar no alvoroço que foram as últimas eleições no Senado, que ocorreram nos dia 1 e 2 de fevereiro de 2019, também conhecidos como: final de semana passado. É cédula a mais na votação, senador cantando no Plenário e por aí vai.

Agora, se por alguma razão do destino, você não sabe do que estamos falando, senta aí que lá vem história. Continue a leitura que separamos para você uma lista com os melhores momentos das eleições 2019 no Senado FederalAh! Não se esqueça: por mais que pareçam situações de outro mundo ou alguma espécie de série da Netflix sobre política, tudo que está nesse texto realmente aconteceu.

1 – A SENADORA QUE ROUBAVA PASTAS

senadora Kátia Abreu (PDT-TO) se tornou meme depois do primeiro dia das eleições no Senado. Isso porque, durante a sessão, a senadora pegou para si a pasta com os documentos para a votação e que estava na mesa. Kátia contestava a legitimidade do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidir a mesa, já que o mesmo estava concorrendo à presidência do Senado Federal. Quando Alcolumbre pediu para que a pasta fosse devolvida a ele, Kátia respondeu: Vem pegar!

A senadora foi comparada com o homem que rasgou os papéis com o resultado do desfile das escolas de samba de São Paulo, em 2012, e também com o livro “A garota que roubava livros” (nesse caso, a senadora que roubava pastas).

Foto: Twitter @falcaobeatrizv

Foto: Instagram oficial da senadora Kátia Abreu

2 – EU GOSTO É DE ROSAS

A dupla Kátia Abreu e Davi Alcolumbre ainda deu o que falar. No segundo dia das eleições no Senado, a senadora presenteou o colega de trabalho com um buquê de rosas brancas. Alcolumbre disse tê-la perdoado e, em seu instagram, Kátia brincou com a situação: “Não entreguei a pasta, mas entreguei flores hoje ao senador Davi Alcolumbre #paz”. No fim, tudo acaba em rosas?

Quer saber o que mais um senador faz além de roubar pastas e entregar rosas? Clique aqui e saiba o que faz um senador!

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3 – EU VOU NA FRENTE!

O senador que presidiu a sessão e também um dos candidatos à presidência do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) decidiu passar mais tempo em sua cadeira do que o de costume: nada mais, nada menos, do que sete horas sentado. É isso mesmo! De acordo com o Estadão, a escolha foi feita para que ele pudesse deliberar sobre o voto aberto, que foi visto como uma possível barreira para a então eleição de Renan Calheiros (MDB-AL).

Alcolumbre não saiu de seu posto nem nos intervalos entre as sessões. Seu turno foi tão longo que alguns senadores brincaram com a possibilidade de o senador estar usando uma fralda geriátrica para se conter. Forças, guerreiro.

Origem: Giphy

4 – QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA

Achou que parlamentar não pode cantar? Achou errado!

O senador de primeira viagem, Jorge Kajuru (PSB-GO), realizou algo um tanto quanto inusitado em seu pronunciamento sobre as eleições do Congresso Nacional. De início, o senador ameaçou ter um infarto caso a eleição não fosse feita em cédulas: “Já pedi a presença do meu médico aqui. Se não tiver voto em cédula, vou ter um infarto”. Depois, no estilo The Voice Brasil, cantou “Depende de Nós”, do grupo Balão Mágico. E você, viraria a cadeira para ele?

Origem: Giphy

5 – DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA?

Depois de um primeiro dia de eleições no Senado considerado conturbado, não pense que o trabalho terminou no final do dia. Na-na-ni-na-não! Advogados representando o MDB e o Solidariedade enviaram, à meia noite, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a votação que definiu o voto aberto para a sessão. Dias Toffoli, presidente do STF, acatou o pedido. Tudo isso tramitando de madrugada, a noite é uma criança.

Além de acatar pedidos durante a madrugada, o presidente do STFpossui várias outras funções! Saiba todas aqui.

6 – SENADOR GASPARZINHO

E não pense que as peripécias das eleições no Senado terminaram no primeiro dia. Ao contrário. Durante a votação, realizada em cédulas, foram contabilizadas 82 unidades. Contudo, existem apenas 81 senadores no Congresso. Depois da confusão, foi necessária uma nova votação, alongando, assim, o processo. Seria o Gasparzinho, o fantasma camarada, tentando mudar o resultado da votação?

Origem: Giphy

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7 – AGORA EU TAMBÉM NÃO QUERO MAIS

No meio da segunda votação, Renan Calheiros (MDB-AL) decidiu retirar sua candidatura, alegando que o processo em curso era antidemocrático. “Eu não sou um Jean Wyllys. Eu não vou renunciar meu mandato. Eu vou ficar aqui no Senado Federal. Mas o Brasil é testemunha do que desde ontem está acontecendo no Senado” finalizou o senador. Outros senadores já haviam retirado suas candidaturas, porém, no momento definido para tal na sessão. Depois de uma série de pronunciamentos, a Casa decidiu por seguir com o processo, desconsiderando os votos já contados para Calheiros.

8 – CUIDADO COM O MICROFONE

Já no final do pleito, um senador foi tapeado por seu próprio microfone. Ao anunciar que iria urinar, o presidente da sessão do segundo dia, senador José Maranhão (MDB-PB) não imaginou que fosse ser ouvido em rede nacional. Acontece que o microfone dele estava aberto e, no fim, o que o público ouviu foi: “Vou dar uma mijada”. Está certo, senador. Saúde em primeiro lugar. Nada de infecção urinária por aqui.

Não sabemos sobre a situação urinária de nossos senadores, mas temos um texto em que é explicado o quanto eles ganham!

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Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Foto: Pedro França/Agência Senado

9 – NOVAS PRESIDÊNCIAS NO CONGRESSO NACIONAL

Depois desse iô-iô que foram as eleições, finalmente o nome do novo presidente do Senado foi anunciado: Davi Alcolumbre (DEM-AP). Com Rodrigo Maia (DEM-RS) como presidente da Câmara, essa será a primeira vez desde a redemocratização em que o MDB não ocupa a presidência de uma das casas.

Vale ressaltar, inclusive, que ambos os novos presidentes são do mesmo partido, o que pode favorecer no andamento de pautas no Congresso Nacional e também no relacionamento com cargos importantes do Executivo e Judiciário Federal.

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