Na avaliação geral, a malha rodoviária do Tocantins tem 72,4% de sua extensão com algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. O estado tem 11 trechos considerados críticos: um com erosão na pista e 10 trechos com grandes buracos. A porcentagem considerada ótima ou boa foi de 27,6%. Os dados foram coletas entre os dias 20 de maio e 18 de junho deste ano.

Em nota, o governo do Tocantins informou que mais de 1.500 quilômetros de rodovias estaduais estão sendo recuperadas e que, desse total, 420 quilômetros estão recebendo asfalto novo. (Veja abaixo a nota na íntegra)

Neste ano foram avaliados 3.506 quilômetros de rodovias federias e estaduais pavimentadas no Tocantins, sendo que pouco mais de 2,5 mil apresentaram algum tipo de problema. De acordo com o levantamento, será necessário um investimento de R$ 1,6 bilhão para recuperar as rodovias do estado.

Apesar disto, o Tocantins teve uma melhora em comparação com o balanço do ano passado. Naquela ocasião foram encontrados 2,7 mil quilômetros com problemas em 3,2 mil avaliados.

A pesquisa deste ano também aponta a quantidade de pontos críticos, problemas na sinalização e avalia as características das rodovias como curvas perigosas, existência de acostamento e faixas adicionais.

Segundo a pesquisa, as condições das rodovias impactam diretamente nos custos do transporte e desperdício de combustível, causando mais danos ao meio ambiente. Transporte mais caro significa produtos mais caros e em menor quantidade.

O G1 solicitou posicionamento e aguarda resposta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

• Estado Geral: 72,4% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. 27,6% da malha é considerada ótima ou boa.
• Pavimento: apresenta problemas em 69,0% da extensão avaliada. 31,0% têm condição satisfatória. Em 0,1%, o pavimento está totalmente destruído.
• Sinalização: 55,0% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima. 45,0%, ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 13,9% da extensão e as faixas laterais são inexistentes em 15,3%.
• Geometria da via (presença de faixa adicional, de curvas perigosas e de acostamento): 81,4% da extensão é deficitária e 18,6%, ótima ou boa. As pistas simples predominam em 98,3%. Falta acostamento em 66,6% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 62,1% não há acostamento nem defensa.
• Pontos críticos: a pesquisa identifica 11 em Tocantins, sendo 1 erosão na pista e 10 trechos com buracos grandes.
• Custo operacional: as condições do pavimento geram um aumento de custo operacional do transporte de 38,1%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.
• Investimentos necessários: para recuperar as rodovias no Tocantins, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 1,67 bilhão.
• Investimentos em 2019: do total de recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária especificamente no Tocantins em 2019 (R$ 216,55 milhões), foram investidos R$ 140,61 milhões até setembro (64,9%).
• Custo dos acidentes: o prejuízo gerado pelos acidentes foi de R$ 107,64 milhões em 2018. No mesmo período, o governo gastou R$ 223,09 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
• Meio ambiente: em 2019, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 39,1 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento. Esse desperdício custará R$ 138,57 milhões aos transportadores.

Sobre a demanda em questão, o Governo do Estado do Tocantins informa que estão sendo recuperados mais de 1.500 quilômetros de rodovias sob responsabilidade do Estado. Desse total, 420 quilômetros estão recebendo asfalto novo.

As obras estão recebendo aporte de cerca de R$ 400 milhões por meio de recursos próprios, do Crema (Contrato de Reabilitação e Manutenção de Rodovias) e do Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), financiados pelo Banco Mundial.

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