Uma das causas do aumento é o governo ter voltado a cobrar impostos federais que haviam sido zerados de forma temporária no ano passado para frear o aumento da gasolina e do etanol.

Antes da volta dos impostos, o litro mais caro de gasolina encontrado em Palmas era de R$ 5,79, chegando a R$ 6,39 atualmente. Essa variação representa aumento de mais de 10%. Já o menor preço foi de R$ 5,29 para R$ 5,50, registrando o crescimento de quase 4%.

O consumidor que for abastecer com etanol também percebe o aumento do preço. Até a última semana, o posto mais caro vendia o combustível a R$ 4,69. Hoje, a capital registra a venda do litro por R$ 5,15, um aumento de cerca de 9%.

O gerente de fiscalização do Procon, Magno Silva, ressalta que em alguns postos de combustíveis, o repasse ao consumidor pode estar sendo maior do que deveria. “Esse reajuste chega na casa de R$ 0,34. Nós já constatamos que têm alguns postos que estão passando até R$ 0,70 para os consumidores. Isso é considerado prática abusiva. Se for constatado que as empresas estão fazendo isso, elas podem ser penalizadas”, destaca Magno.

LEIA TAMBÉM

Em um posto na região norte da capital, o litro da gasolina custa R$ 5,95 para pagamento à vista e R$ 6,19 no cartão de crédito. Já o etanol está R$ 4,49 no dinheiro, pix ou débito e R$ 4,79 no cartão de crédito.

O aumento impacta diretamente os consumidores, principalmente quem usa o carro como meio de trabalho. É o caso de Neilton Saraiva, que acredita que vai ter que trabalhar ainda mais, o que aumenta o consumo de gasolina e os gastos com a manutenção do veículo. “Com esse aumento do combustível, o motorista sofre, porque ele vai ter que trabalhar um pouco mais para suprir o aumento do combustível”, destaca o motorista de aplicativo.

Mesmo quem usa o carro para deslocamento próprio também tem sentido no bolso essa variação. “Seguidamente aumentando e é um absurdo pra gente que ganha pouco e tem que estar toda semana praticamente abastecendo”, comenta o servidor público Edson Rocha.