Poucas horas após sua posse como Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden tomou, quarta-feira, 20 de janeiro, vários decretos para voltar às medidas emblemáticas de Donald Trump.

Os decretos, que ele assinou à tarde, têm como objetivo tratar das “crises” sanitárias, econômicas e climáticas e das desigualdades raciais, disse seu porta-voz Jen Psaki.

• Medidas contra a pandemia e suas consequências sociais

O imunologista Anthony Fauci falará em nome dos Estados Unidos em reunião do conselho executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, disse Jeff Zients, que coordena a resposta do novo governo à pandemia de Covid -19, durante uma conferência de imprensa. Um retorno à OMS, da qual os Estados Unidos saíram em maio de 2020 por decisão de Donald Trump , está no programa.

Para limitar a propagação do vírus, que já matou mais de 400 mil no país, o presidente também assinou um decreto que torna obrigatório o uso de máscaras em prédios federais e para agentes federais. Outra deu à luz uma agência ligada à Casa Branca responsável pela coordenação das ações de saúde contra o coronavírus.

Para diminuir o impacto sobre as pessoas que perderam sua renda, também estendeu a moratória sobre despejos de moradias e a interrupção do pagamento de empréstimos federais a estudantes.

• Medidas a favor do clima

O democrata, que fez do combate ao aquecimento global outra prioridade de seu mandato, vai enviar carta à Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira para que os Estados Unidos possam aderir ao acordo de Paris aqui há um mês, acrescentou Gina McCarthy, responsável por este arquivo dentro da nova equipe presidencial. O governo Trump iniciou sua retirada do acordo em novembro de 2019 , anunciado um ano depois.

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Ele também voltou atrás em uma série de medidas de desregulamentação tomadas pelo governo cessante em termos de padrões ambientais, e revogou a autorização dada por Donald Trump para o polêmico projeto do gasoduto Keystone XL , entre os Estados Unidos e o Canadá. .

• Medidas de combate à imigração

Em termos de política de migração, ele também teve uma visão oposta de Donald Trump, que fez da luta contra a imigração ilegal um marco de sua presidência. Joe Biden, portanto, anulou a “proibição muçulmana” , um polêmico decreto de migração adotado por seu predecessor para proibir a entrada de cidadãos de países predominantemente muçulmanos nos Estados Unidos. Esta medida foi “enraizada na xenofobia e animosidade religiosa”, justificou Jake Sullivan, o futuro conselheiro de segurança nacional da Casa Branca.

O democrata também assinou uma “proclamação” para suspender as obras de construção de um muro na fronteira com o México e seu financiamento do orçamento do Pentágono, o que gerou amargas batalhas políticas e judiciais nos últimos quatro anos.

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Joe Biden enviará paralelamente um projeto de lei sobre imigração ao Congresso. Em particular, vai oferecer aos 700.000 jovens que chegaram ilegalmente aos Estados Unidos quando eram crianças, os “Dreamers” e outros imigrantes em situação irregular, a possibilidade de naturalização a longo prazo e sob condições.

O projeto de reforma também fornece fundos adicionais para fortalecer a vigilância e os controles de fronteira e um plano de assistência para El Salvador, Guatemala e Honduras, os países de origem da maioria dos migrantes, de US $ 4 bilhões ( 3,3 mil milhões de euros) ao longo de quatro anos.

• Medidas de combate ao racismo nas administrações

Joe Biden assinou uma ordem executiva ordenando que as agências federais avaliassem as desigualdades em seus programas e políticas, disse Susan Rice, futura diretora do Conselho de Política Interna, e restabelecessem o treinamento de diversidade cancelado por seu antecessor.

As decisões daquele primeiro dia são apenas o começo, continuou o porta-voz Joe Biden. “Nos próximos dias e semanas, anunciaremos iniciativas executivas adicionais para enfrentar esses desafios e cumprir as promessas do presidente eleito “, disse ele.