MPE instaura inquérito para apurar “nepotismo generalizado” na Prefeitura de Xambioá

MPE instaura inquérito para apurar “nepotismo generalizado” na Prefeitura de Xambioá

A promotora da Justiça de Xambioá, Laryssa Santos Machado Filgueira, instaurou no dia 12 inquérito civil público para apurar possível prática de “nepotismo generalizado” – expressão dela – na prefeitura da cidade. A iniciativa é resultado de denúncia feita pelos vereadores Elson Gonçalves da Silva (MDB), Eudo de Araújo Pereira (PT) e Raimundo Fidelis Oliveira Barros (PSDB), no dia 13 de junho.

Os parlamentares citaram vários parentes da prefeita Patricia Evelin (MDB) que teriam sido nomeados na gestão. Confira:

— Renato Dias Melo, secretário de Governo (esposo da prefeita)

— Ronilson Dias Melo, secretário de Finanças (cunhado)

— Nelson Matos Câmara Neto, secretário da Administração (irmão)

— Marcos Venicios Aguiar de Alencar (irmão)

— Chardison da Silva Aguiar, secretário de Assistência Social e Habitação (tio da prefeita por afinidade, cunhado do pai da prefeita)

—Chirlane Silva Aguiar, diretora do Departamento Social (irmão do secretário e cunhada do pai da prefeita, tia da prefeita por afinidade)

—Wania Maria Alves da Silva Alencar, assistente social por contrato temporário (esposa do tio da prefeita, tia por afinidade da prefeita)

— Andressa Brito Alencar (prima da prefeita)

Os vereadores também apontaram parentes do vice-prefeito Adjaldo Alves de Sousa:

— Andrialúcia Santana de Oliveira Barros, técnica de enfermagem por contrato temporário (cunhada)

— Manoel Braga Nascimento, motorista por contrato temporário (primo).

Os parlamentares ainda apontam possível nepotismo na contratação de parentes diversos de secretários e também de vereadores, segundo os denunciantes, em troca de apoio.

Nos considerandos, a promotora Laryssa Santos Machado Filgueira conclui que “há indícios suficientes de prática de nepotismo generalizado ocorrido na Prefeitura de Xambioá”.

O município, segundo a portaria da promotora, publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPE do dia 17, negou a existência de nepotismo. A gestão alegou que essas nomeações são, em sua maioria, “para o exercício de cargos políticos, sendo amparado pela jurisprudência”.

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