Mulher morre após ter coronavírus duas vezes no Tocantins: Não desejo essa dor para ninguém

Por TV Anhanguera

 


Tocantins já registrou mais de 50 casos suspeitos de reinfecção da Covid-19

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Tocantins já registrou mais de 50 casos suspeitos de reinfecção da Covid-19

O coronavírus tem várias variantes circulando pelo mundo e segundo especialistas as novas cepas têm o potencial de reinfectar quem já contraiu a Covid-19 antes. No Tocantins, pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) identificaram seis tipos diferentes do Sars-cov2. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 51 casos suspeitos de reinfecção foram registrados: 33 estão em investigação e 18 foram descartados.

A médica infectologista Iris Bucker explica que pegar a Covid-19 uma vez não protege de novas infecções. “Depois que a gente pega o coronavírus, normalmente, o nosso organismo consegue ficar protegido por cerca de três meses. Os anticorpos que a gente gera para combater a infecção nos protegem por cerca de três meses, mas depois desse período a gente pode se infectar novamente pelo mesmo vírus ou por essa nova variante”, explicou.

A secretária diz não houve mortes, mas exames apontam que foi exatamente isso que aconteceu com a Ana Raciele, de 29 anos. Em setembro do ano passado ela teve Covid-19 com sintomas leves.

Em março deste ano, mais uma vez o diagnóstico foi positivo, mas dessa vez foi diferente. A jovem precisou ser internada e, mesmo sem ter comobirdades, não resistiu.

“Pela segunda vez ela pegou o vírus. Ana Raciele era uma pessoa muito alegre, que lutou muito para viver”, diz a prima Emily Ribeiro.

Mulher teve dois diagnósticos positivos de Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Mulher teve dois diagnósticos positivos de Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A médica explica a diferença da gravidade entre a primeira e a segunda infecção. “O que a gente tem que percebido é que ela tem atingido pessoas mais jovens, de 40 e 50 anos, de forma mais grave. De uma forma mais rápida as pessoas precisam de internação e de UTI. Então, a gente precisa manter os cuidados para evitar essas reinfecções e quando precisar vacinar, a gente tomar a vacina e aguardar o efeito dela”, disse.

Casos que evoluem para morte são sentidos em todo o país nesse momento mais grave da pandemia. Para família da Ana Raciele uma perda precoce, que abalou a todos.

“É uma doença terrível. Que vocês tenham cuidado, todo cuidado que tiver é pouco. Se puder ficar em casa, fique em casa, não sai para passear sem precisão, não vai a praia ou lugar que possa contaminar a vida de vocês porque é muito triste o que estamos passando. A gente não deseja essa dor para ninguém”, disse a Maria de Lourdes, avó da Ana Raciele.

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