Palco do encontro de Kim Jong-un e Trump, ilha tem passado marcado por mortes

Palco do encontro de Kim Jong-un e Trump, ilha tem passado marcado por mortes

Em Singapura, ela é hoje conhecida por luxuosos resorts, cassinos, campos de golfe e parques

​​Sentosa, uma das 63 ilhas parte de Singapura, é conhecida por luxuosos resorts, cassinos, campos de golfe e parques de diversão que atraem 19 milhões de visitantes por ano.

É também o local que vai abrigar o encontro histórico entre o presidente norte-americano Donald Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un. Marcada para a próxima terça-feira (12), a reunião vai acontecer sob forte esquema de segurança no hotel Capella.

Vista da ilha de Sentosa, uma das 63 que compõem Singapura, e que recebe 19 milhões de visitantes ao ano
Vista da ilha de Sentosa, uma das 63 que compõem Singapura, e que recebe 19 milhões de visitantes ao ano – Edgar Su/Reuters

​Ligada à principal ilha do arquipélago por uma ponte de 500 metros, Sentosa não é estranha a celebridades, com suas belas paisagens e praias.

Mas esconde um passado marcado por mortes e, por isso, já foi conhecida como “pulau blakang mati”, cuja tradução se aproxima de “ilha que tem a morte atrás de si” ou “ilha da morte”.

Segundo o jornal The Guardian, Sentosa foi renomeada pelo governo de Singapura como parte de uma campanha nos anos 1970 para torná-la uma ilha-resort. Seu nome contemporâneo significa “paz e tranquilidade”.

Mas no século 18, quando Singapura era uma colônia britânica, uma epidemia desconhecida matou a maior parte dos seus 60 habitantes. Apenas duas famílias sobreviveram.

A ilha, que era uma importante base naval britânica, foi invadida pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial e acabou transformada em um campo de prisioneiros de guerra para deter aliados do Reino Unido e Austrália.

Entretanto, durante a presença japonesa, civis acusados de atividade contra o país nipônico também foram mortos em suas praias, afirma o jornal The Guardian.

Além disso, de 1959 a 1990, Lee Kuan Yew, o primeiro-ministro de Singapura, usou a ilha para manter presos políticos, frequentemente detidos sem julgamento. Chia Thye Poh, ex-parlamentar, passou lá 23 anos na cadeia e sob prisão domiciliar.

Na semana do encontro entre Kim Jong-un e Trump, a ilha-resort vai continuar recebendo turistas, ainda que com forte esquema de segurança.

Para marcar a ocasião, canhões de um forte da Segunda Guerra ainda preservado foram decorados com lírios e gérberas, numa representação de símbolos da paz.

Comentários
você pode gostar também