O governador do estado do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB) (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A Polícia Federal (PF) indiciou criminalmente quatro familiares do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), no inquérito da Operação “Rei do Gado”. A investigação apura suposto esquema de lavagem de dinheiro em contratos de gaveta no valor de 200 milhões de reais, referentes à compra de fazendas e bois.

A informação sobre o indiciamento do pai do governador, Brito Miranda, dos irmãos, José Edimar e Maria da Glória, e da cunhada, Márcia Pires, foi inicialmente noticiada pela TV Anhanguera. O governador não foi denunciado, mas é alvo de investigação conjunta das Operações Rei do Gado e Ápia.

Nesta terça-feira, a Justiça Federal condenou o governador por ato de improbidade administrativa à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 7 anos e pagamento de multa equivalente a 100 vezes sua remuneração da época em que as irregularidades teriam sido praticadas (entre 2003 e 2004, no primeiro mandado do peemedebista).

Defesas

Em nota, o governador Marcelo Miranda informa “que não foi notificado da decisão da Justiça que o condenou por improbidade”. “Tão logo seja, os advogados apresentarão recursos à instância superior”, diz o texto. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos familiares do governador.