PF investiga o governador do Tocantins, Mauro Carlesse. Agentes estão na sua casa e no palácio

PF investiga o governador do Tocantins, Mauro Carlesse. Agentes estão na sua casa e no palácio

Autorizada pelo STJ, a Polícia Federal apura a contratação de funcionários fantasmas pela gestão do líder do DEM

Mauro Carlesse, governador do Tocantins: investigado pela Polícia Federal | Foto: Josy Karla

A história se repete no Tocantins: como diria Marx, como tragédia e farsa. Depois da prisão de Marcelo Miranda, sob acusação de corrupção, a Polícia Federal fez, nesta manhã de terça-feira, 17, uma operação de busca e apreensão contra o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, do DEM, na sua casa no Palácio Araguaia, em Palmas. Ele é suspeito de desviar recursos na contratação de funcionários fantasmas.

O Superior Tribunal de Justiça emitiu os mandados de busca e apreensão. Porque Mauro Carlesse, sendo governador, tem foro privilegiado. A investigação atinge outras pessoas. “O Globo” informa que “a investigação suspeita que houve contratação de funcionários fantasmas para desvio de dinheiro usado na obtenção de apoio político na campanha eleitoral de 2018, que elegeu Carlesse. Os crimes investigados são peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação foi batizada de Assombro”.

No site da Polícia Federal informa-se que, “além da obtenção de novas provas, com as ações de hoje, busca-se interromper a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, melhor dimensionar a quantidade de funcionários ‘fantasmas’, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, além de resguardar a aplicação da lei penal”.

Prisões anteriores

No Tocantins parece uma crônica anunciada: os ex-governadores Marcelo Miranda e Sandoval Cardoso foram presos, mas depois liberados. O ex-governador Wilson Siqueira Campos também foi investigado.

“O Tocantins parece que está imitando o Rio de Janeiro”, lamenta um deputado estadual.

Operação Assombro

A Polícia Federal informa que “o nome da operação é uma referência a existência de ‘fantasmas’ no governo estadual”.

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