PF mira grupo suspeito de desviar verba pública no Tocantins
Organização ameaçou a imprensa e montou ainda “sofisticado esquema de corrupção, peculato, fraudes em licitações e desvios de recursos”
atualizado 06/11/2019 13:36

Os policiais cumprem dez mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal no Tocantins. Os presos são os empresários Franklin Douglas Alves Lemes e Alex Câmara e o ex-chefe de licitação da Secretaria de Educação Carlos Mundim.
De acordo com a PF, a organização criminosa é suspeita de manter um esquema para a prática constante e reiterada de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos e lavagem de capitais, além de atos de intimidação contra profissionais da imprensa. O objetivo era acumular riquezas em detrimento dos cofres públicos.
Após a deflagração de diversas operações da PF, constataram-se outros esquemas criminosos ligados a pessoas influentes no meio político do Tocantins, com poderes suficientes para aparelhar o estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa, e desviar recursos públicos.
Além da obtenção de novas provas, a Polícia Federal busca interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios. “Além de resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de possíveis testemunhas e o livre trabalho da imprensa“, detalha a corporação, em nota.
A organização criminosa movimentou dezenas de milhões de reais por meio de grupo empresarial do ramo gráfico. Não foi possível, até o momento, estimar o valor dos prejuízos causados.
A ação foi batizada de Operação Replicantes. O nome faz referência ao ramo de atuação do grupo empresarial e a postura de enfrentamento da organização criminosa.