POLÍTICOS CORRUPTOS QUEREM ACABAR COM A DRACMA:Pedido de vistas conjunto adia decisão sobre projeto que abre brecha para extinguir DRACMA
Pedido de vistas conjunto adia decisão sobre projeto que abre brecha para extinguir DRACMA
Acordo com sindicato altera proposta para que nova diretoria da SSP seja ocupada por servidor de carreira; fim da delegacia que investiga fantasmas na Assembleia pode ficar para o regimento interno da Segurança
Após o pedido de vistas do deputado estatual de posição Júnior Geo (PROS), os demais líderes de blocos partidários endossaram um pedido e vista conjunto sobre a mensagem nº 35, do governador Mauro Carlesse (DEM), com o projeto que cria o Conselho Estadual de Segurança Pública do Tocantins (ConespP/TO) e a Diretoria do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). Com isso, há um prazo de até 24 horas para que o projeto volte às comissões para aprovação e depois siga para o Plenário da Casa.
Diretor de carreira
A versão final do projeto discutido até o início da noite na reunião conjunta das comissões contém uma emenda costurada entre os deputados, o Executivo e o Sindepol (Sindicato dos Delegados) prevendo que a Dracco seja ocupada por um servidor de carreira.
Delegados ouvidos pela coluna avaliam que medida é uma forma de prevenir que agentes externos possam ocupar mais esse espaço na pasta da segurança e aja contra o trabalho da Polícia Civil.
Dracma ainda ameaçada
Como só apareceu essa emenda na proposta original do Executivo, a avaliação dos delegados ouvidos pela Coluna é que a extinção da DRACMA poderá ser em alteração no regimento interno da Secretaria da Segurança Pública, tão logo haja a aprovação dessa lei que abre brecha para essa mudança.
O caso de Pernambuco
O temor dos delegados de que a DRACMA seja extinta nasceu da própria pista dada pelo governo do Estado quando divulgou o projeto: o caso de Pernambuco. Lá, o Executivo extinguiu a similar à DRACMA (a Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos – Decasp) e criou o Departamento de Combate ao Crime Organizado (Draco). A delegacia de lá, como a de cá, investigava deputados e vereadores.
A nobre e necessária vigilância
Com a vigilância de parte da imprensa, dos próprios servidores da pasta e de deputados compromissados com o interesse público, esse mesmo efeito pernambucano ainda pode ser evitado na Segurança Pública tocantina. Mesmo que alguns parlamentares durante a reunião das comissões, tenham atirado sombras sobre o controle social exercido pela imprensa. Esse controle é tão somente a vigilância, nobre e necessária, sobre as atividades do poder público.