Para não ser identificado pelo pai, adotou o sobrenome de sua mãe, dona Clotilde Piquet, mas grafado “Piket”.
Na Europa
Na sequência, participou de mais três provas, com um modelo antigo da McLaren (o M-23, da equipe BS, enquanto o time oficial da McLaren competia com o modelo M-26).
Na Áustria (Zeltweg) e Holanda (Zandvoort), com problemas mecânicos, não terminou as corridas e na Itália (Monza), chegou em nono lugar.
Contrato com a Brabham
Ainda em 1978 assinou contrato com a Brabham, chefiada por Bernie Ecclestone para a temporada completa de 1979 para ser companheiro de equipe do austríaco Niki Lauda, na ocasião, bicampeão mundial de Fórmula 1.Os dois pilotos da Brabham sofreram naquele ano com o motor italiano da Alfa-Romeo, devido ao peso excessivo e pouca confiabilidade.
Mesmo assim, Nelson conseguiu marcar seus primeiros pontos, chegando em quarto lugar no Grande Prêmio da Áustria, em Zeltweg. Ele terminou o campeonato no 15º lugar, com três pontos, um a menos que Lauda.
Em sua segunda temporada, em 1980, também pela Brabham agora equipada com motor Ford-Cosworth, teve um ano fantástico, chegando ao vice-campeonato, conquistando três vitórias (Long Beach, Holanda e Itália). O título ficou com o australiano Alan Jones, da Williams.
Em 1981 conquistou o primeiro de seus três títulos mundiais na categoria, derrotando o argentino Carlos Reutemann, da Williams.
Em 1982 a Brabham se associou à BMW para o desenvolvimento dos motores turbo da fábrica alemã da Baviera e os resultados não foram bons, terminando o ano na 11ª posição, mas conseguindo uma vitória, em Montreal, no Canadá.
Mas em 1982 Nelson se consolidou como um dos melhores especialistas em desenvolvimentos de carros e a Brabham-BMW de 1983 mostrou-se um carro vitorioso, levando Piquet ao bicampeonato, o primeiro conquistado por um motor turbo.
Foram três vitórias do brasileiro, que ficou dois pontos à frente do francês Alain Prost, da Renault (59 a 57).
Mas a McLaren “despertou”, levando Niki Lauda e Alain Prost aos títulos de 1984 e 1985, respectivamente.
Na Williams
Com o desinteresse de Ecclestone pela equipe, uma vez que ele cada vez mais se envolvia como dirigente da Fórmula 1, Nelson Piquet assinou contrato com a Williams-Honda para as temporadas de 1986 e 1987, tendo como companheiro o inglês Nigel MansellUma disputa interna com Nigel Mansell, em 1986, acabou facilitando o caminho para Alain Prost conseguir o bicampeonato, com a McLaren-Porsche. Nelson terminou em terceiro e Mansell foi o vice-campeão.
Foi nesse ano que Piquet fez uma das manobras mais fantásticas da história do automobilismo, ultrapassando a Lotus de Ayrton Senna no final da reta do circuito de Hungaroring, na Hugria,. Nelson, por fora, controlou sua Williams como um piloto de rallye, dominando o carro com uma habilidade impressionante.Mas em 1987, apesar de Mansell ter conquistado mais vitórias (seis contra três de Nelson), o brasileiro foi mais regular e terminou a temporada com o título (73 pontos a 61). Mesmo ano em que sofreu um grave acidente na temida curva Tamburello, a mesma em que morreu Ayrton Senna sete anos mais tarde. Piquet ficou desacordado e revelou que conviveu com problemas de concentração e sono nos meses seguintes. Sobre a temporada de 1987, clique aqui e veja uma matéria especial, no Portal Terceiro Tempo, sobre a primeira vitória de Piquet naquele ano, no GP da Alemanha, em Hockenheim.
O trabalho de Piquet com a Honda abriu espaço para ele na Lotus em 1988, que havia perdido Ayrton Senna para McLaren, mas a equipe que já não contava mais com Colin Chapmann (falecido) e em franca decadência, não levou Nelso além da sexta colocação na temporada, tendo conseguido como melhores resultados três vezes o terceiro lugar.
No ano seguinte, a Lotus perdeu o fornecimento dos motores Honda, que ficou exclusivamente com a McLaren e Nelson Piquet fechou a temporada de 1989 na oitava posição, com apenas 12 pontos.
Em 1990, foi contratado pela Benetton. A equipe, fundada em 1986 havia comprado a antiga Toleman e contava com um carro bem projetado e com os confiáveis motores Ford.
Nelson terminou o ano na terceira posição, com duas vitórias (Japão e Austrália), atrás de Senna e Prost (McLaren e Ferrari, respectivamente).
Em 1991 disputou sua última temporada na Fórmula 1, tendo como companheiros de equipe o brasileiro Roberto Pupo Moreno e depois Michael Schumacher, que estreava na categoria. Terminou em sexto, com uma vitória, no Grande Prêmio do Canadá, em Montreal.
Em 204 provas, acumulou 23 vitórias, 24 poles e 23 voltas mais rápidas durantes corridas.
Acidente em Indianápolis
Em 1992 aceitou um convite para participar das 500 Milhas de Indianápolis, pela equipe Menards, que lhe disponibilizou um Lola equipado com motor Buick.
Frases marcantes de Nelson Piquet:
Sobre Nigel Mansell:
“Quase tive um orgasmo, quando vi o Mansell parado” (quando o inglês deixou sua Williams “morrer”), comemorando antecipadamente na última volta do Grande Prêmio do Canadá de 1991. A prova foi vencida por Piquet, que estava em segundo.”
Sobre Rubens Barrichello:
“Ele às vezes consegue fazer voltas rápidas, principalmente nos treinos, mas em ritmo de corrida é normalmente um segundo mais lento que os melhores.”
Sobre Ayrton Senna:
“É uma categoria para aposentados, como eu.”Sobre a morte:
“Medo de morrer? Não tenho. Tenho medo de ficar aleijado, isso sim.”
Sobre Gilles Villeneuve:
CURIOSIDADES
Em Brasília, onde mora, e administra sua empresa de monitoramento de veículos por satélite (a Autotrac), Nelson Piquet cuida pessoalmente da mecânica de uma numerosa e valiosa coleção de carros, que você pode conhecer clicando aqui, em matéria especial do Portal Terceiro Tempo.
Veja abaixo alguns vídeos marcantes de Nelson Piquet. O primeiro da briga com Eliseo Salazar e o segundo da ultrapassagem sobre Ayrton Senna, no GP da Hungria de 1986:
Em janeiro de 2013 Nelson Piquet participou de uma campanha publicitária com seu antigo rival de Fórmula 1, Nigel Mansell.
PALESTRA DE NELSON PIQUET EM 05/10/2013 (DIVIDIDA EM DUAS PARTES) NO COLÉGIO D. PEDRO II, EM BRASÍLIA. PIQUET SE EMOCIONOU MUITO AO FALAR DAS DIFICULDADES QUE ENFRENTOU NA EUROPA ANTES DE INGRESSAR NA FÓRMULA 1 (VEJA, A PARTIR DE 6MIN30S). NA SEGUNDA PARTE, PIQUET RESPONDE PERGUNTAS DOS CONVIDADOS
ABAIXO, COMEÇO DE UMA PROVA DA FÓRMULA VW-1600 EM INTERLAGOS. NELSON PIQUET, ALFREDO GUARANÁ MENEZES E MÁRIO “KEKO” PATI JR. TRAVAM UM GRANDE DUELO NO CIRCUITO PAULISTANO
Em 2011, ao lado do comentarista Eduardo Homem de Mello, Celso Miranda comandou o SuperMotor no Bandsports, ocasião em que Nelson Piquet foi o entrevistado. Veja