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Preso desde 12 de dezembro, Cacique Serere estaria enfrentando graves problemas de saúde no cárcere (veja o vídeo)

Preso desde 12 de dezembro, Cacique Serere estaria enfrentando graves problemas de saúde no cárcere (veja o vídeo)

A prisão do cacique e líder indígena conservador Serere Xavante, em 12 de dezembro do ano passado, ainda segue sem uma resposta precisa sobre o que a motivou.

Sabe-se que o líder indígena, um defensor do conservadorismo, gravou, na época, uma série de videos na Esplanada dos Ministérios, durante atos em defesa da liberdade e da democracia. Alguns, porém, com falas mais fortes, foram considerados ofensivos e ameaçadores. Veio, então, a ordem de prisão, expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O encarceramento, bem como sua manutenção até os dias de hoje, entretanto, ainda é algo fora da curva, considerando que o processo corre em sigilo de justiça e que não há notícias de prisão de indígenas no Brasil por crimes de manifestação de pensamento.

Segundo informações de fontes que têm acesso ao cacique, através de sua família – ele é casado e tem seis filhos – como a apresentadora do Jornal da Noite, da TV JCO, Carina Belomé, esse período de prisão estaria causando sérios danos à sua saúde.

Segundo Belomé, Serere já perdeu 25kg, nestes pouco mais de dois meses e meio. No início de janeiro, correu também a notícia (pela esposa dele e também em um vídeo da deputada federal Silvia Waiãpi) de que ele teria sofrido uma parada cardíaca em sua cela, na Papuda

Essa última informação, entretanto, não foi confirmado oficialmente pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE/DF).

Carina Belomé, que tem atuado de forma incansável para auxiliar as centenas de ‘presos políticos’ da manifestação de 8 de janeiro, falou da dramática situação de Tesere, e chegou a se emocionar ao vivo, no Jornal da Noite.

Ela também declamou uma poesia, escrita de próprio punho, para homenagear o amigo.

Confira abaixo o vídeo e a transcrição da poesia:

CACIQUE SERERÊ

Um guerreiro da mata

Xavante de corpo e alma

Uma voz que ecoa aos ventos

Entoa o amor ao tormento

Liberdade! Oh! Liberdade, onde estás?

Calaste diante do filho teu, que silencia no torpor dos dias seus

Onde fazem-se presentes os fariseus

Índio de honra

Pprisão não te adorna

Derramou lágrimas pela verdade

Agora definhas pela vaidade daqueles covardes

A injustiça é um monstro e pisa forte

Fazendo sangrar toda a honra de nossa gente

Estamos aqui, em oração e luta

Pela tua liberdade

Somos cúmplices da tua saudade

Sererê, Xavante de guerra

A tua luta é sincera

A ti devemos nossa missão

Em continuação pelos filhos da nação.

Meu coração sangra pela injustiça

Dessa infinita cobiça

Que insiste em rasgar a alma dos justos

Mas vamos continuar firmes e juntos

Recebe a minha gratidão

Cacique Sererê

Índio de guerra

A liberdade te espera…

Eu te vi chorar

Eu te vi orar

Daqui eu ajoelho e coloco-me a emanar

A luz que vai te acalmar

Será um dia imenso de festa

Na história que se manifesta

Nas páginas dos livros

De um Brasil infinito

Carina Belomé

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