Que ele pague”, diz mãe de aluna morta em escola. Júri é dia 22

“Que ele pague”, diz mãe de aluna morta em escola. Júri é dia 22

Dois anos após o crime, o assassino confesso de Raphaella Noviski será julgado no dia 22 de janeiro. Mãe diz que família “jamais esquecerá”

Michael Melo/Metrópoles

MICHAEL MELO/METRÓPOLES

ANA KAROLLINE RODRIGUES[email protected]

ATUALIZADO 13/01/2020 14:54

Oassassino confesso da jovem Raphaella Noviski, 16 anos, será julgado por júri popular no próximo dia 22, no Fórum de Alexânia (GO). Misael Pereira de Olair (foto em destaque), 21, matou a adolescente há dois anos, em 6 de novembro de 2017, e não tinha sido julgado ainda. O assassino encontra-se preso preventivamente desde então.

No dia 6 de novembro de 2017, por volta das 8h da manhã, Misael pulou o muro do Colégio Estadual 13 de Maio, em Alexânia (GO). De máscara e capuz na cabeça, sacou o revólver calibre .32, comprado por R$ 2,3 mil, e disparou 11 tiros no rosto da vítima. Depois, fugiu também saltando uma parede.

Nesta segunda-feira (13/01/2020), a mãe da vítima, Rosângela Cristina Afonso da Silva, 39, relatou ao Metrópoles que toda a família de Raphaella se organizou para estar presente no julgamento. “Desde o dia do velório da minha filha, eu ia semanalmente ao fórum para ver se já tinha sido marcado. Agora, a família inteira vai para mostrar que a gente nunca esqueceu nem jamais esquecerá”, disse.

“É uma insegurança ainda. Não sabemos como será, porque a Justiça, infelizmente, é muito branda nessa questão. Mas estamos esperando a pena máxima para ele, se Deus quiser”, completou a comerciante.

Rosângela mantém viva na mente a memória do dia em que perdeu a filha. Para ela, a condenação de Misael “é o mínimo que deve ser feito agora”.

“Ele a matou por conta de um simples ‘não’ dela. Minha filha não o quis e ele foi alimentando aquela raiva por ela, criando ódio dela”, lembrou. “Quero que ele pague por isso. Não vai trazer minha filha de volta, mas a Justiça tem que ser feita”, reforçou a mãe.

Motivo torpe

O assassino morava a duas ruas da vítima, em Novo Horizonte, cidade que fica a 90km de Brasília. A adolescente cursava o 9º ano do ensino fundamental e sofria com ameaças do algoz. Misael se sentia atraído pela jovem, porém, não era correspondido da maneira que desejava. A família de Raphaella não conhecia o acusado.

Vídeo mostra o momento em que Misael entra na escola:

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