SAÚDE DO TOCANTINS ESTÁ UM CAOS Após quase dois meses de mudanças no sistema de regulação, corredores do HGP continuam lotados

Por TV Anhanguera e g1 Tocantins

 


Mesmo com novo sistema de regulação, superlotação do HGP não diminui

Mesmo com novo sistema de regulação, superlotação do HGP não diminui

A mudança no sistema de regulação de pacientes que são encaminhados para o Hospital Geral de Palmas (HGP) não está sendo suficiente para acabar com as internações nos corredores da unidade. Imagens registradas nesta segunda-feira (20), mostram que os atendimentos improvisados ainda fazem parte do dia a dia no HGP, e os corredores seguem lotados.

A mãe da estudante Carla Vitória, veio de Gurupi, no Sul do estado, para receber tratamento no HGP após ter problemas no esôfago. Mas o atendimento ocorreu em um dos corredores da unidade. “Ela está sendo muito mal atendida, porque as pessoas simplesmente largaram ela no corredor. A enfermeira disse que não tinha um leito, mesmo ela sendo transferida, e falou que ela tinha que dormir na cadeira”, relata a filha.

Corredores do HGP nesta segunda-feira (20) — Foto: Divulgação

Outra acompanhante de paciente que está no HGP também também reclama da situação e do tratamento recebido pelos servidores. “As pessoas aqui são muito ignorantes. Fui perguntar à enfermeira sobre o médico e ela disse que estava lá para dar os remédios e não para saber dos médicos”, conta a dona de casa Maria Luiza Rodrigues.

Lotação confirmada

 

Apesar de ter quase dois meses que as transferências passaram a ser feitas através da Central Estadual de Regulação (CER) e do Núcleo Interno de Regulação (NIR/HGP), pouca coisa mudou com relação à lotação. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), confirmou que a unidade opera acima da capacidade. Atualmente existem 560 pacientes internados, sendo que o ideal seria 543.

O diretor-geral do HGP, Leonardo Toledo, disse que 17 pacientes estão sem leitos e sendo atendidos nos corredores. “O estado fez uma contratação de leitos em empresas particulares para aumentar a oferta para os pacientes do SUS”, explica.

Apesar da mudança na organização para regulação dos pacientes que precisam de atendimento na maior unidade do estado, especialistas defendem que pessoas que precisam de tratamentos não podem ficar desassistidas. Conforme explica Paulo Peixoto, advogado e especialista em saúde pública, a lotação traz prejuízos para a população que depende do SUS.

“É extremamente preocupante e perigoso a superlotação dos hospitais públicos e das Unidade de Pronto Atendimento. Isso pode acarretar até um um caos na saúde e um grave prejuízo à população local”, alerta o advogado.

Leia mais:

 

 

Veja o que diz a SES:

 

Questionada sobre a situação da mãe de Carla Vitória, a SES informou que ela recebeu atendimento inicial para o quadro clínico apresentado e por haver superlotação na unidade, houve a necessidade de colocar a paciente no corredor. Também disse que antes da avaliação médica, a paciente deixou a unidade.

Comentários
você pode gostar também