TOCANTINS QUEIMADO Jornal Nacional destaca índices de queimadas no Tocantins

Jornal Nacional destaca índices de queimadas no Tocantins

 

O Cerrado sofre com as queimadas neste período de estiagem, a baixa umidade no DF no fim de semana levou a Defesa Civil a declarar estado de emergência na capital(Jose Cruz/Agência Brasil)

O Brasil teve 68.395 mil focos de incêndio em 2018. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso, Pará, Amazonas, Maranhão, Rondônia e Tocantins foram responsáveis por mais de 43,6 mil focos, 63,77% do total de queimadas em 2018.

No Tocantins surge, por dia, uma média de quarenta novas queimadas. O fogo já destruiu milhares de hectares em reservas ambientais, fazendas e áreas urbanas. Os reflexos podem ser vistos nas cidades, que são tomadas pela fumaça. 

Ranking de queimadas em 2018:

  • MT – 12.022
  • PA – 7.349
  • AM – 6.913
  • MA – 6.226
  • RO – 5.966
  • TO – 5.142

Uma dessas queimadas foi na área urbana de Palmas. O fogo avançou tão rápido que os moradores tiveram que abandonar a casa após a fumaça tomar o lugar. “Tem gente que começou a passar mal, inclusive eu fiquei internada em um hospital, devido ter inalado muita fumaça”, relatou a estudante Juliana Reis.

O pecuarista José Figueiredo, de Araguaína, no norte do estado, perdeu 120 hectares de pasto para o fogo. “Aqui tinha seis anos que não tinha mais fogo. Esse ano infelizmente ele voltou”, lamentou.

Na Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo, as chamas destruíram 205 mil hectares, uma área maior que a cidade de São Paulo.

Incêndios sem controle também atingiram, por mais de uma semana, a Serra do Lajeado, na zona rural de Palmas. Apesar do trabalho dos brigadistas, novos focos surgem todos os dias.

“O que nós recomendamos e pedimos à população é que tenhamos consciência pra não fazer queimada, não provocar incêndio nesse período, que ele se torna incontrolável”, afirmou o superintendente da Defesa Civil do Tocantins, Geraldo Primo.

Por causa do fogo, a área urbana da capital do Tocantins constantemente fica coberta pela fumaça. “O mato tá muito seco, a umidade muito baixa do ar, então isso sempre vai nos dificultar cada vez mais o combate e o acesso também do local”, afirmou o subtenente João Paulo Moreira Júnior, do Corpo de Bombeiros.

Segundo a Defesa Civil, a maioria dos incêndios no Tocantins é criminosa. Muitos focos são causados por produtores rurais que queimam para abrir áreas de lavoura e pastagem.

“O produtor vai ver que ele tá produzindo cada vez menos, que ele tá colhendo cada vez menos, que a água tá cada vez em menor quantidade, então ele vai ter que repensar no futuro, se não ele não vai produzir”, disse o piscicultor Diego Coutinho.

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