Tocantins registra 26 afogamentos esse ano; veja os cuidados na temporada de praia

Por TV Anhanguera

 


Bombeiros registram 26 afogamamentos nesse ano no Tocantins — Foto: Reprodução/TV AnhangueraBombeiros registram 26 afogamamentos nesse ano no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Bombeiros registram 26 afogamamentos nesse ano no Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Do início do ano até agora, o Corpo de Bombeiros registrou 26 afogamentos no Tocantins. Com a chegada da temporada de praias, a atenção deve ser redobrada. É que nesse período, o movimento de banhistas nos rios e lagos aumenta.

O administrador Holdridge Soares sabe bem o perigo que os rios podem oferecer e os cuidados que os banhistas devem ter. Ele já se afogou por três vezes.

“A primeira vez foi apavorante, eu fui a primeira vez embaixo, não conseguia voltar, dei o empurrão com a perna. Fui a segunda, na terceira vez eu já estava me entregando. Sorte que alguém passou e puxou a minha mão, me segurou e me levou para a beira. Tive outra experiência que foi pulando também, de um lugar bem alto, bati, perdi a respiração. Até que dei o último suspiro. A gente aprende com a maturidade que temos que nos acalmar. Acalmei, esperei um pouco, dei uma braçada e consegui chegar na beira”.

A assistente de loja Ludmila Santana também já passou por apuros. Ela é de Anápolis (GO) e no ano passado veio visitar uma praia em Araguatins, norte do estado. O passeio quase terminou em tragédia.

Tô na praia: 26 afogamentos são registrados esse ano no Tocantins
Bom Dia Tocantins
Tô na praia: 26 afogamentos são registrados esse ano no Tocantins

Tô na praia: 26 afogamentos são registrados esse ano no Tocantins

“Eu estava do lado da minha mãe, estava em um lugar seguro, bem raso. Aí ela me chamou para ir para a praia, fui pisar no chão e não senti mais o chão, quando olhei já estava bem fundo. Tentava subir, algo estava puxando. Eu me lembro de tentar buscar ar e só engolir água e tentando subir e não dava. Foi desespero total. Fui encontrada desacordada e depois só lembro de estar na UTI. Deu pneumonia, labirintite, sinusite”.

Em todo o ano de 2018, foram registradas 60 mortes. Segundo o Corpo de Bombeiros, em 70% dos casos, existiu a presença de bebida alcoólica. O gerente do Sistema Integrado de Operações do Corpo de Bombeiros, major Antônio Luiz Soares dá dicas para os banhistas.

“Quando a pessoa consumir bebida alcoólica, não adentrar a água para nadar, adentrar somente em locais que tenha profundidade segura e sempre acompanhado. Da mesma forma, as pessoas que têm transtorno mental, as pessoas que são cardíacas, que são epiléticas”.

O sistema de prevenção de afogamentos deve ser sempre respeitado. A delimitação da área de banho possui uma profundidade máxima permitida, que é de 1,20 m. As praias devem conter placas indicando os pontos de risco. O Corpo de Bombeiros ainda orienta que ao identificar alguém se afogando, a orientação é não entrar na água de imediato.

“Você vai ter que procurar um objeto flutuante, como por exemplo, uma boia, uma caixa térmica ou estender uma galhada comprida, até uma corda jogar para a pessoa para retirar. Os afogamentos acontecem próximos à margem, por isso esse tipo de recurso é muito válido. Fornecer um objeto flutuante para que a vítima se apoie”, explicou.

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