Uma breve retrospectiva das principais maldades de Maia, um homem que fez muito mal ao povo brasileiro

Uma breve retrospectiva das principais maldades de Maia, um homem que fez muito mal ao povo brasileiro

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Aos oposicionistas que “lamentaram” a saída de Rodrigo Maia (DEM-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, Felipe Martins, professor de Política Internacional e analista político, fez um brilhante resumo para “refrescar” a mente dos desavisados.

Confira a íntegra do texto:

Em 2016, após a renúncia de Eduardo Cunha, da Presidência da Câmara, Rodrigo Maia inovou e articulou um tal de “mandato tampão” de Presidente da Câmara dos Deputados. Ali, de modo legalmente duvidoso, Maia ocuparia, pela primeira vez, a presidência da Câmara.

A primeira gestão de Maia como presidente da Câmara foi marcada pela sabotagem constante dos esforços de reconstrução do Brasil pós-impeachment, através de projetos pensados para minar o trabalho de Henrique Meirelles e que acabariam conhecidos como “bombas fiscais”.

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Hoje, boa parte dos mais de R$ 300 bilhões em renúncias que agravam o déficit das contas públicas e inibem o poder de ação do Governo Federal possuem as digitais de Rodrigo Maia. Inacreditavelmente, a mídia tentava nos convencer de que ele defendia a responsabilidade fiscal.

Em 2017, ignorando a Constituição Federal (art. 57, §4º) e o Regimento Interno da Câmara, Maia se lança candidato e, assim, ocupa a Presidência da Câmara dos Deputados, mais uma vez, de forma, legalmente, questionável e dá seguimento à sabotagem da reconstrução do Brasil.

Em 2019, contrariando, novamente, a Constituição Federal, em seu Artigo 57, §4º, Maia sustenta que reeleição para legislaturas diferentes não se encaixa no veto constitucional, o que é, obviamente, uma violação das regras do jogo, e se lança candidato outra vez.

Com a ajuda de Joices, Bebbianos e Frotas, que sabotaram a articulação da Casa Civil e fizeram do PSL o primeiro partido a apoiá-lo formalmente (sim, o primeiro!), Maia se elege Presidente da Câmara, de modo, legalmente, questionável pela terceira vez.

O argumento daqueles que minaram a construção de uma possível candidatura do Governo Federal era de que Maia seria o presidente que apoiaria as reformas estruturais. Nada mais falso: ele se mostraria o mesmo sabotador de sempre, trabalhando, constantemente, contra as reformas.

Por ocasião da primeira reforma, a da Previdência, Maia fez a sua primeira maldade. A equipe econômica havia proposto que idosos carentes – que tivessem entre 60 e 65 anos – recebessem um auxílio individual no valor de R$ 400, que seria escalonado até um salário mínimo, aos 65 anos.

O Brasil tinha mais de um milhão de idosos carentes, recebendo Bolsa Família e outros dois milhões de idosos aptos a receber o benefício proposto no projeto original da reforma da previdência. Cada idoso recebia, à época, o valor do benefício básico do Bolsa Família, de R$ 89.

Ou seja: se Maia não tivesse sabotado a proposta do Governo, em vez de um milhão de idosos carentes recebendo R$ 89 POR FAMÍLIA, teríamos três milhões de idosos recebendo R$ 400 INDIVIDUALMENTE. Um casal idoso carente, hoje, conta apenas com R$ 89. Sem a maldade de Maia, receberia R$ 800.

Foi Rodrigo Maia quem inaugurou a campanha da mentira, dizendo que Bolsonaro queria pagar menos que um salário mínimo aos idosos e não permitiu ao Presidente ter essa marca social em seu governo. Para sabotar o governo, Maia não teve compaixão com quem mais precisava de ajuda.

Depois, ele se negou a pautar privatizações e reformas; deixou caducar as MPs do balanço das empresas e da carteira estudantil; barrou a CPI da UNE; e até a MP da regularização fundiária, que permitiria ao Governo saber o CPF de quem comete crimes ambientais, ele engavetou.

Ao todo, foram quase 30 MPs que deixaram de beneficiar nosso país e nossa economia, graças à mesquinharia de Rodrigo Maia. Tudo, claro, com a cumplicidade da velha imprensa em geral e da Rede Globo em particular.

Uma de suas últimas sabotagens foi interditar, na reforma tributária, a desoneração da folha de pagamento, o que diminuiriam os custos do emprego e formalizaria 30 milhões de trabalhadores informais. Felizmente, com a derrota de Maia, o governo poderá reverter esse bloqueio.

Os últimos dias, porém, colocaram Maia no lugar que lhe cabe na história. Isolado, perdeu o apoio do próprio partido e da Mesa Diretora eleita com ele. Bloqueou amigos no Whatsapp, berrou ao telefone e deu inúmeras declarações emocionadas e, completamente, sem nexo.

Esse é o fim de quem trabalhou durante quatro anos contra os demais parlamentares, contra dois presidentes da República, contra a agenda eleita nas urnas em 2018 e contra o povo brasileiro; bloqueando pautas de interesse do país em nome de um projeto pessoal de poder.

Agora, resta a Maia trabalhar para ser ministro de alguma candidatura fadada a amargar uma derrota em 2022; já que suas chances de reeleição são mínimas e que, logo, além de perder o direito de usufruir de jatinhos da FAB, ele perderá também o foro privilegiado.

Rodrigo Maia quis voar alto, próximo ao sol, sem se dar conta de que suas asas eram de cera e que seu peso era, demasiadamente, elevado. Agora, tudo o que resta a ele é a “queda livre”.

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