Vulcão adormecido? Vídeo mostra exuberância do Morro do Segredo e desperta imaginário de quem vê

Vulcão adormecido? Vídeo mostra exuberância do Morro do Segredo e desperta imaginário de quem vê

Por Marco Túlio Câmara,


Vulcão adormecido? Vídeo mostra exuberância do Morro do Segredo

Vulcão adormecido? Vídeo mostra exuberância do Morro do Segredo

Olhando assim de cima, o Morro do Segredo parece até um vulcão. O formato de um dos principais atrativos do município de Lajeado (TO), chama atenção de turistas e frequentadores do local. A impressão é que o morro foi formado por lava derretida há alguns milhares de anos, mas especialistas explicam que o “vulcão” está apenas na aparência e no imaginário das pessoas. (veja o vídeo acima)

 

O vídeo foi publicado pelo perfil Clickdronepmw, que reúne fotos e vídeos aéreas de Palmas e região. Muitos seguidores comentaram a semelhança do Morro do Segredo com um vulcão. Uma internauta até apelidou o morro de “meu vulcão”.

Internautas comentam a similaridade do morro com um vulcão — Foto: Montagem g1/Reprodução redes sociais

Internautas comentam a similaridade do morro com um vulcão — Foto: Montagem g1/Reprodução redes sociais

O vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o Morro do Segredo e as belezas naturais próximos a ele. Internautas lembram e comentam a aparência similar a de um vulcão, mas a professora do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria José Maluf de Mesquita ressalta que nem tudo é o que parece.

“Esse formato é como a erosão cavou alguns lugares e deixou o que se chama de ‘morro testemunho’ do que era a mesa que sustenta a serra”, aponta a geóloga.

 

Morro do segredo fica em Lajeado — Foto: Lincoln Valadares

Morro do segredo fica em Lajeado — Foto: Lincoln Valadares

Mesmo não sendo resquícios de vulcão, a formação do Morro do Segredo vem de milhares de anos atrás. A professora do curso de agronomia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Michele Ribeiro Ramos, explica que ele é resultado de um processo erosivo que pode ter como consequência o arrastamento completo até a área plana que fica próximo à base do morro.

“Este processo está gradualmente isolando o morro e lhe dando o aspecto de um cone de vulcão, mas não se trata disso. Sua origem é outra. Esse processo é muito comum no interior de bacias sedimentares e as rochas de seu topo constituem sedimentos que foram depositados em antigas superfícies muito antes dos dinossauros surgirem na Terra”, explica a engenheira agrônoma e doutora em conservação da natureza.

 

A aparência de vulcão por causa do topo da montanha, chamado de cume, também tem um motivo. A preservação dessa parte do morro se dá, provavelmente, por causa de uma acumulação de ferro. “A presença de uma couraça ferruginosa (canga laterítica, pedra canga, não uma rocha) no topo promove um aumento da resistência daquela superfície e a torna menos suscetível à erosão. Ou seja, o ferro acaba por cimentar a área, deixando a superfície mais resistente”, aponta a professora.

Vista área do “vulcão” do Tocantins — Foto: Reprodução/ redes socais

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