GENERAIS COMUNISTAS ATRAPALHAM BOLSONARO:O BRASIL NÃO VOTOU EM GENERAIS COVARDES

Braga Netto age para evitar dispensa de
Mandetta e é alvo de ala ideológica
Ala ideológica do governo e o chamado ‘gabinete do ódio’ desaprovam o poder concedido aos
militares na equipe e, agora, na administração da crise provocada pela pandemia de coronavírus
07/04/2020 – 11:18
Escalado para comandar o comitê de crise e coordenar as ações do governo sobre o coronavírus, o
ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, passou a ser tratado nos meios militares como uma
espécie de “interventor” do Palácio do Planalto. O general do Exército assumiu a nova tarefa na
semana passada, quando passou a mostrar efetivamente a que veio. Após reclamações do presidente
Jair Bolsonaro sobre o protagonismo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Braga Netto
não apenas transferiu as entrevistas a respeito da pandemia para o Planalto como foi um dos que
convenceram o chefe a não demitir o colega.
Na prática, os militares do governo avaliam que a dispensa de Mandetta, neste momento,
fortaleceria governadores que travam uma queda de braço com Bolsonaro, como João Doria (São
Paulo) e Wilson Witzel (Rio).
Nesse cenário, o chefe da Casa Civil assumiu sua função de gerente do governo, que atua com mão
de ferro para proteger Bolsonaro. “Braga Netto é o homem certo, no lugar certo, na hora certa”,
disse ao Estado o vice-presidente, Hamilton Mourão, que vira e mexe é criticado nas redes sociais
pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Walter Braga Netto (Foto: Marcello Casal Jr/Agência
Brasil)
08/04/2020 Braga Netto age para evitar dispensa de Mandetta e é alvo de ala ideológica
https://www.jornaldotocantins.com.br/editorias/politica/braga-netto-age-para-evitar-dispensa-de-mandetta-e-é-alvo-de-ala-ideológica-1.2030757 2/3
A ala ideológica do governo e o chamado “gabinete do ódio”, comandado por Carlos, filho “zero
dois” do presidente, desaprovam o poder concedido aos militares na equipe e, agora, na
administração da crise. Braga Netto, no entanto, diz não se aborrecer com os ataques e continua
dando ordens aos colegas, até mesmo em bilhetinhos que passa para ministros durante entrevistas
no Planalto.
Diante de novo fogo amigo, coube a Mourão sair em defesa do general. “Ele não está enquadrando
ninguém, mas apenas fazendo a verdadeira governança. Assim, a Casa Civil passa a atuar como um
verdadeiro centro de governo”, resumiu o vice. “Braga Neto está fazendo o que sabemos: colocar
ordem na casa, coordenando as ações ministeriais, de modo que haja sinergia, cooperação e, como
consequência, os esforços do governo sejam mais eficazes.”
A organização da Casa Civil, segundo Mourão, tem como meta estabelecer “um sistema de
comando e controle que permita ao presidente tomar decisões”.
Na semana passada começaram a circular rumores de que Braga Netto seria o nome escolhido por
uma Junta Militar para assumir o comando do País, deixando Bolsonaro como “rainha da
Inglaterra”, que reina, mas não governa. A versão começou a ganhar força no fim de semana nas
redes sociais, a ponto de usuários alterarem o dicionário online colaborativo Wikipédia para apontar
o general como o 390º presidente do Brasil – a mudança foi desfeita assim que o site identificou.
A tese da “conspiração” é alimentada por filhos do presidente, que têm Mourão entre seus alvos
prediletos. Em entrevista ao Estado, porém, o ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas foi
enfático: “Ninguém tutela Bolsonaro”.
Freio
Ex-interventor na segurança pública do Rio em 2018, nomeado à época pelo então presidente
Michel Temer, Braga Netto é conhecido pelo estilo durão. Nos últimos dias, ele tem tratado de
assuntos tão diversos quanto importantes: da ciumeira relacionada aos holofotes sobre Mandetta à
infraestrutura do País, passando por discussões econômicas e até por conversas com companhias
aéreas para manutenção de voos durante a crise.
A poucos dias de completar dois meses no cargo, Braga Netto ainda está fazendo substituições na
Casa Civil, pasta que, antes, era comandada por Onyx Lorenzoni, hoje titular do Ministério da
Cidadania. Recentemente, por exemplo, ele nomeou o general Sérgio José Pereira – seu antigo
auxiliar na época da intervenção federal, no Rio – para ajudá-lo a fazer a articulação com os demais
ministérios.
08/04/2020 Braga Netto age para evitar dispensa de Mandetta e é alvo de ala ideológica
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O núcleo militar do governo considera que, por não ter aspiração política – ao contrário de Onyx,
pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022 -, Braga Netto imporá rapidamente um
freio de arrumação na equipe.

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